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A passagem de nível do Campo deixou de estar dependente de meios humanos e foi automatizada, tendo o novo sistema entrado ao serviço no passado dia 1 de Setembro.
Esta era a última passagem de nível da linha do Oeste que ainda tinha um guarda que baixava e levantava manualmente as barreiras à passagem dos comboios, como se fazia desde há 160 anos. Esta era uma actividade essencialmente feminina, mas nos últimos anos era desempenhada por manobradores da Refer.
Agora este atravessamento rodoviário sobre o caminho-de-ferro está protegido com barreiras que se baixam automaticamente à aproximação dos comboios, para além de sinais sonoros (campaínhas) e visuais (luzes vermelhos intermitentes) que avisam também os automobilistas e peões.
Trata-se de um sistema seguro, dotado de várias redundâncias para evitar quaisquer falhas, desde que os condutores respeitem a sinalização e não tentem atravessar a linha quando os sinais avisam que se aproxima um comboio.
Com esta automatização, a passagem de nível do Campo deixa de estar também sujeita ao regime de horas de expediente nos dias úteis pois, até 1 de Setembro, estava sempre fechada de noite e aos fins-de-semana e feriados. Agora as populações do Campo, da Boavista, Cidade, Reguengo da Parada e outras da freguesia da Serra do Bouro podem utilizar a qualquer hora este atravessamento sobre a via férrea.
Por outro lado, o tempo de espera pela passagem dos comboios é agora mais curto.
A automatização desta passagem de nível não teve custos relevantes para a Infraestruturas de Portugal (antiga Refer) pois foram usados equipamentos de outras passagens de nível automáticas de linhas que já foram encerradas.
