Feira de São Bernardo volta à Cova da Onça

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Autarquia pretende instalar animação na Rua D. Pedro V durante o evento
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Câmara de Alcobaça define espaço para diversões e quer organizar concertos em frente ao Mosteiro

Depois de dois anos de interregno, a Feira de São Bernardo volta a realizar-se no próximo verão. E com as obras do multiusos em curso, a Câmara de Alcobaça decidiu transferir a parte lúdica do certame para o parque de estacionamento na Cova da Onça, junto ao Centro Escolar, e quer organizar os concertos num palco montado em frente ao Mosteiro. A Rua D. Pedro V, que faz a ligação entre aqueles dois espaços, terá animação, mas o modelo ainda está a ser estudado, sendo essa a pedra de toque da estratégia da autarquia, que visa ainda atrair os jovens à Praça 25 de Abril com a colocação de uma tenda e DJ.
O regresso do certame à Cova da Onça, espaço utilizado para a realização da feira há duas décadas, foi abordado na sessão do executivo municipal da passada segunda-feira, com Hermínio Rodrigues a defender um modelo de Feira que pretende “atrair gente ao centro da cidade”.
A D. Pedro V será o “elo de ligação entre o recinto da Feira e o Rossio” e, durante o evento, “a rua não pode ficar como está”, sublinhou o chefe do executivo municipal, que quer “valorizar a praça central do concelho”.
O modelo de organização da Feira começou por suscitar dúvidas na vereadora Liliana Vitorino (PS), para quem, com a dispersão de atividades, “acaba por se perder alguma dinâmica”, ao que Hermínio Rodrigues retorquiu, salientando que, com o modelo anterior, numa das entradas de Alcobaça, “a feira passava ao lado da cidade”. “Pode ser um erro, e estarei disponível para recuar no ano seguinte, mas queremos trazer gente ao centro”, notou o social-democrata, que obteve o “acordo” de Carlos Guerra quanto à “necessidade de dar vida” ao centro histórico.

Polémica com subsídio
A atribuição de um subsídio de 30 mil euros ao CRP Ribafria, para a concretização de obras que estão em curso, suscitou polémica no executivo municipal, com o PS a votar contra. O apoio seria aprovado com o voto de qualidade de Hermínio Rodrigues, dada a ausência da vice-presidente, Inês Silva, mas a discussão foi inflamada.
Carlos Guerra criticou duramente a opção da maioria PSD, de atribuir 80% da verba pedida pelo clube da freguesia da Benedita, em vez dos 100% atribuídos noutros casos. “Os critérios são diferentes”, lamentou o socialista, tendo o presidente da Câmara explicado que cada caso é avaliado individualmente. O PS apresentou uma proposta alternativa de apoio de 40 mil euros, que foi reprovada.

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