
Exposição e tertúlia assinalam aniversário dos artesãos caldenses, entidade que tem mostrado um novo dinamismo nos últimos tempos
Foi em ambiente descontraído que se assinalaram os 40 anos da Associação de Artesãos das Caldas da Rainha (AACR). Dezenas de autores, familiares e amigos reuniram-se no CCC para conhecer a mostra que celebra esta data redonda.
A vereadora da Cultura da Câmara das Caldas, Conceição Henriques, referiu-se à AACR como “uma entidade de longo curso” e vê “com enorme satisfação, que tem um bom fôlego e dinamismo”. Como tal, espera “que possa ter um bom futuro”, disse a autarca, agradecendo à entidade “por tudo o que faz por esta cidade”.
Por seu lado, Pedro Brás, presidente da União de Freguesias das Caldas – Nossa Senhora do Pópulo, Coto e S. Gregório, que é também um dos associados, afirmou que estará sempre ao lado desta associação, que dirigiu e à qual deu um novo dinamismo, antes de integrar a Junta.
“Estou muito feliz por termos conseguido contar com tantos autores”, disse a presidente da AACR, Júlia Lopes, acrescentando que dos mais de cem artesãos que já passaram pela associação conseguiram ter obras de 60.
A mostra, que se encontra na galeria do CCC, exibe “peças de grandes mestres caldenses como Alberto Miguel, Herculano Elias, Armindo e João Reis, Guilherme Barroso, entre outros”, salientou a dirigente. Além da cerâmica, estão presentes peças de bordado das Caldas, bonecas de pano, pirogravura, renda de frioleira, trabalhos com missangas, com casca de ovo, porcelana fria, marcenaria, artes decorativas, tecelagem, macramé e frutas desidratadas.
As peças foram colocadas sob suportes de antigos móveis e máquinas de costura que foram cedidos à associação por Carlos Brás e a Sérgio Pereira.
A AACR foi criada em 1982 e nesse ano teve uma sede provisória na Rua de Camões. No ano seguinte passou para os Pavilhões do Parque e, em 2019, mudou-se para o edifício da Columbófila. Foi dirigida por Herculano Elias, Francisco Furriel, Alberto Miguel, Teresa Serrenho, Alberto Reis, Vitor Pires, Marília Alves, Pedro Martins, Pedro Brás e atualmente por Júlia Lopes.
O futuro em debate no dia 19
No sábado, 19 de março, pelas 16h30, no CCC, decorre a tertúlia “Artesanato: uma herança para o futuro”, que será moderada pelo colecionador Alexandre Correia e tem participação de Hugo Guerreiro, diretor do Museu Berardo Estremoz, da investigadora Celeste Afonso e de Jorge Palmela, formador ligado aos bonecos de Estremoz. A mostra poderá ser vista até 12 de abril. De segunda a sábado, a exposição poderá ser apreciada no horário do CCC. Aos domingos à tarde, os associados asseguram a abertura da sua exposição.