Fiat Nuno foi a Itália e já voltou à Benedita

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Gazeta das Caldas
Os quatro amigos no museu da Fiat em Turim |DR

Na tarde de 15 de Novembro o Fiat Nuno – nome com que quatro amigos baptizaram um Fiat Uno que compraram expressamente para ir a Turim – cumpriu o seu objectivo ao estacionar na fábrica da Fiat. A aventura de quatro amigos ligados aos automóveis (João Lúcio, João Neves, Sérgio Neves e Ricardo Couto) durou uma semana cheia de histórias para contar.
O caminho não foi fácil. Pouco depois de terem saído da Benedita, na ponte das Lezírias, o carro desligou-se, mas foi só um susto, pegando logo a seguir.
Só que já depois de uma paragem em Badajoz, na autoestrada, a 100 quilómetros de Madrid, o carro parou e não quis mais pegar. O escape estava completamente obstruído. “Após hora e meia tivemos que arranjar uma solução provisória”, contaram os jovens na crónica que escreveram nas redes sociais, acrescentando que pararam em Lagartera, a povoação mais próxima, onde pernoitaram e foram a um mecânico.
Depois conseguiram fazer a viagem directa até Barcelona. Mas na manhã do dia seguinte, ainda na capital catalã, o Fiat Nuno pregou-lhes outra partida. “Pensámos que já não queria sair de lá, com muitos soluços, um trabalhar irregular e falta de potência”.
Depois de muito desmontar e montar, lá encontraram o problema: o difusor.
Reparada a avaria, dali até Turim tudo correu bem. Chegaram à cidade italiana ao fim de três dias de viagem.
Foram recebidos por um membro da Fiat Chrysler Automobiles que os levou a ver a exposição de veículos da Fiat – desde o primeiro ao último modelo -, e a visitar o centro histórico da cidade.
“Descobrimos que além de veículos automóveis, a Fiat já se dedicou ao fabrico de motores para aviões, barcos, navios e até máquinas de lavar roupa e frigoríficos produziu”, contaram os jovens na sua crónica.
Um dos objectivos desta viagem era que nas várias cidades por onde passassem as pessoas colassem mensagens no Fiat Nuno. E havia uma, em particular, que os quatro amigos queriam ver colada no carro: a do presidente do grupo da Fiat. Esse objectivo não foi conseguido, mas provaram o seu ponto de vista: “com uma viatura barata é possível fazer uma viagem pela Europa com um baixo orçamento”. Os quatro gastaram apenas 2000 euros. Neste caso, os patrocínios suportaram uma parte considerável dos gastos.
Mas falta contar o resto da história pois a chegada a Turim era apenas metade da viagem. Faltava o regresso. Nesse dia pernoitaram em Milão e, no dia seguinte, atravessaram o sul de França e norte de Espanha vindo dormir a Saragoça, num total de 1200 quilómetros em 14 horas.

A paragem seguinte foi em Madrid e daí seguiram até casa, na Benedita, onde chegaram sem quaisquer problemas. No total, foram percorridos 5019 quilómetros na viagem de ida e volta. Os jovens prometem novas aventuras a bordo do Nuno, que “está agora decorado e mais colorido com as diferentes mensagens das cidades por onde fomos passando”