Jantar reúne seis dezenas de nadadores-salvadores do Oeste

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Repasto decorreu no Inatel da Foz do Arelho e juntou cerca de 60 pessoas que ajudam a salvar vidas nas praias da região durante a época balnear

Evento deste ano juntou as várias entidades que garantem o socorro nas praias e assinalou fim da época balnear.

O jantar dos nadadores-salvadores deste ano, que decorreu na Inatel da Foz do Arelho, teve o condão de reunir à mesa as várias entidades que prestam socorro nas praias do Oeste. Entre os cerca de 60 participantes no evento estiveram representantes dos Bombeiros, da Capitania do Porto de Peniche, Polícia Marítima e Instituto de Socorros a Náufragos.
O jantar assinalava o final da época balnear na região, em que a associação Oeste Rescue trabalhou com 60 nadadores-salvadores e 24 concessionários nas praias de São Martinho do Porto, Salir do Porto, Foz do Arelho (frente lagunar e lacustre), Supertubos (Peniche), Lourinhã e Santa Cruz.
No rescaldo da época balnear, Filipe Vieira (Oeste Rescue) lamentou um óbito, na Praia das Conchas, em Santa Cruz, que não é vigiada. Tratava-se de um homem de 30 anos, marroquino, sofreu doença súbita e caiu das rochas ao mar. Ainda assim, o responsável faz um “balanço positivo da época balnear, dada a extensa área abrangida pela associação”.
O dirigente notou ainda que existe “uma grande procura de pessoas em áreas não concessionadas”, algo potenciado também pelo distanciamento devido à pandemia. No caso da Foz do Arelho, que é, hoje uma praia urbana, “as pessoas procuram mais as zonas da Aberta e das chapas e noutros locais são as enseadas e arribas, o que nos aumenta o grau de dificuldade na prestação de socorros e resgates no meio aquático”, nota. Para quem escolhe estas áreas não concessionadas fica um conselho: “na ida ao banho não devem nadar, mas sim banhar-se, refrescando-se, não devem aventurar-se”, alerta.
“Caso estejam sob arribas devem manter a regra básica: manter-se afastadas da base da arriba uma vez e meia a altura da mesma, porque estas são submetidas a infiltrações durante o inverno e depois, com o calor, acabam por estalar e ceder, como aconteceu na Rocha do Gronho mais do que uma vez”.
Questionado pela Gazeta das Caldas, o mesmo responsável esclareceu que já foi apresentado um projeto à Câmara das Caldas, para ter uma viatura com a palamenta adequada, com drone, kit de oxigenoterapia, desfibrilhador automático externo, plano rígido para trauma, bóias e cintos de salvamento e dois operadores para a época balnear, desde Salir do Porto até à zona pantanosa da Barrosa.