Rua do Montepio é um caos de trânsito e buzinadelas

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Problema gera-se quando o parque de estacionamento está lotado

Entrada para o estacionamento gera problemas. Situação identificada por todos, mas sem solução à vista. Falta de civismo está na base da situação

O caso da Rua Montepio Rainha D. Leonor, em pleno centro das Caldas, começa por ser um problema de civismo, ou melhor dizendo, da falta dele.
É que quando o estacionamento está completo, quem quer entrar fica em frente à cancela à espera que alguém saia. Só que quem se segue, ao ver esse cenário deveria continuar a circular e, se for o caso, dar a volta ao quarteirão. Mas não. É frequente, várias vezes ao dia, ver carros que simplesmente param em plena faixa de rodagem, formando filas que entopem aquela artéria, mas também a Rua Tenente Sangreman Henriques.
Depois começam as buzinadelas, mais ou menos intermitentes, mais ou menos prolongadas, a serem usadas para protestar. E, por vezes, também as sirenes, de ambulâncias, carrinhas prisionais ou outros, que querem passar e não conseguem.
Depois há nervos e pessoas a saírem dos carros para discutir umas com as outras. Um ralha porque o outro está parado no meio da estrada a fazer fila, entretanto vem um morador que ralha, porque já não pode ouvir a buzina, enfim. Um problema que era evitável que afecta quem por ali passa, os moradores e os profissionais e utentes do Montepio Rainha D. Leonor.
Gazeta das Caldas questionou a administração do Montepio Rainha D. Leonor que reconhece o problema.O presidente do CA, Francisco Rita, disse que a questão “tem dado que pensar e que fazer”, uma vez que o parque existe há cerca de 20 anos, numa altura em que a rua tinha uma via dupla para entrada no estacionamento. “Com as obras de regeneração urbana, não olharam para isso, alargaram os passeios e reduziram a estrada”, nota. Passou a ser uma via com uma faixa única para a entrada no parque e para a continuidade. “Foi a partir daí que piorou”, lamenta.
Acresce a reconstrução e renovação do edifício habitacional ao lado do Montepio, com a ocupação de uma área para as obras. “Ainda temos um terceiro facto: a Câmara alargou, e bem, o estacionamento para ambulâncias em frente à Casa de Saúde, “mas ninguém controla quem estaciona”, queixando-se e admitindo que “é um pandemónio”.
Já pensaram em soluções alternativas, mas mesmo que alterassem a entrada e saída para a Rua Capitão Filipe de Sousa, o problema seria o mesmo, dado que se tratam de vias de faixa única. “É uma situação que lamentamos”, frisa.
O vice-presidente da Câmara das Caldas, Joaquim Beato admitiu à Gazeta o “constrangimento urbanístico”, mas informou que não encontraram ainda nenhuma solução. Considera que uma segunda entrada na Rua Capitão Filipe de Sousa poderia ajudar a resolver o problema.
Ao nosso jornal, a PSP frisa que “sempre que possível, marca presença no local, evitando a permanência de viaturas que estejam na fila e permitindo a normal circulação do tráfego” e que “eventuais viaturas estacionadas em parque reservado para ambulâncias são autuadas em consonância com o Código da Estrada. ■