Silêncio da CP e do governo sobre a oferta na linha do Oeste

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Gazeta das Caldas
Os passageiros com destino a Coimbra dizem que preferem o autocarro a ter que viajar num comboio mais lento e com transbordo | Beatriz Raposo

Nem a CP nem o Ministério do Planeamento e das Infraestruturas responderam à Gazeta das Caldas se se vai manter a anunciada redução do número de comboios na linha do Oeste e o fim das ligações directas para Coimbra.
Na semana passada fonte oficial do ministério que tutela a CP disse que “o governo defende o reforço, e não a diminuição, do serviço ferroviário”, numa clara desautorização da administração da transportadora, que, por sua vez, alega não ter material circulante para manter a oferta actual.

Questionada se iria seguir as orientações da tutela, a CP não respondeu e o governo por sua vez também não quis voltar a pronunciar-se sobre o assunto.
A Comissão para a Defesa da Linha do Oeste tinha agendada para a passada quarta-feira (após o fecho desta edição) uma reunião para decidir formas de luta contra as intenções da CP, estando prevista uma acção de rua para o dia 30 de Maio (quarta-feira) junto à estação das Caldas da Rainha.
Na Assembleia da República o deputado Bruno Dias, do PCP, interpelou o governo sobre os futuros horários e perguntou “que medidas vai o governo tomar para garantir que tal supressão não se verifique e que se defenda e reforce o serviço ferroviário na Linha do Oeste?”.
Também o Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial e Itinerante emitiu um comunicado onde acusa o governo e a administração da CP de ter “colocado na gaveta o plano de aquisição de novos comboios e o aumento do número de comboios alugados a Espanha”. O sindicato diz ainda que as medidas de redução da oferta afectam a coesão nacional e “colocam novamente em marcha a intenção de encerrar a linha do Oeste e outras”. C.C.