Zé Povinho cumprimenta entusiasticamente os três estudantes de Design Gráfico da ESAD – Ana Martins, Catarina Galego e João Varela – que organizaram o concurso “Sarda das Caldas 2016”.
Estes jovens decidiram voltar a realizar um concurso de ilustração de falos, que havia sido criado em 2013 pela plataforma Implosão na sequência de uma reflexão crítica sobre o concurso congénere das Sardinhas de Lisboa.
Uma queixa a um agente da PSP por parte de um pai indignado por ver o cartaz exposto na rua gerou a polémica, mas os estudantes souberam usá-la a seu favor e, contas feitas, mostraram a potência e o potencial da Sarda das Caldas.
O evento foi um êxito: 57 participantes e cerca de 300 votantes a escolher os falos mais originais. Uma votação que, curiosamente, ombreia com a do Orçamento Participativo da Câmara das Caldas.
A escolha não foi fácil porque havia uma grande diversidade de estilos. Desde rostos humanos a focinhos de animais, edifícios, objectos, mosaicos, alimentos, frases, conceitos… tudo em forma de falo.
A verdade é que ainda hoje os caldenses, quando viajam pelo país e dizem de onde são, ouvem sempre alusões ao “O das Caldas!”. O falo, ou a “sarda” das Caldas é, pois, tradição que não se perdeu e é um mercado que tem sido desprezado.
Por isso, Zé Povinho saúda os três estudantes, que para além do sucesso que conseguiram com a exposição, souberam explorar o falo caldense, mostrando, a quem dúvidas tivesse, que este é um mercado a ter em conta: fizeram cadernetas de cromos, estamparam sardas em t-shirts, criaram posters e cozinharam um bolo e bolinhos em forma de… sarda.
O mundo e os principais dirigentes mundiais, estes mais cinicamente, ficaram estupefactos com a denúncia do Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação (ICIJ) no escândalo “Papéis do Panamá”.
Tratou-se da divulgação do maior conjunto de informação de dados secretos de uma empresa sediada num paraíso fiscal – a sociedade de advogados Mossack Fonseca – abrangendo uma lista infinda de clientes envolvidos em corrupção, subornos, tráfico de armas, evasão fiscal, fraude financeira e tráfico de droga.
Os dados, começados a divulgar no passado domingo a conta gotas, abrangem figuras do mundo político, mediático, desportivo e empresarial que vêem-se assim denunciados nas suas traficâncias com o vil metal.
Zé Povinho sabe que, apesar do fenómeno ter uma abrangência global e vir a deixar marcas profundas em todo o mundo, vai ter estilhaços também em Portugal e até talvez na região, onde pode haver figuras mais pequenas que também se exercitaram nessa moda dos paraísos fiscais e que podem ser apanhados com esta divulgação.
No meio de tanta gente ambiciosa e sem grande moral para exigir sacrifícios aos outros, caiu o primeiro protagonista de um país até há pouco considerado exemplar – a Islândia.
Então não é que o seu primeiro-ministro, Sigmundur Gunnlaugsson, está alegadamente envolvido no caso, e ao ser confrontado por um jornalista há dias reagiu abruptamente saindo da sala? Em resposta milhares de islandeses saíram para a rua exigindo a sua demissão, o que aconteceu a seguir. Mas, tratando-se de um povo exigente, isso não lhes basta e querem agora a queda do seu governo.
Sigmundur Gunnlaugsson fica como o símbolo de um naipe de gente, de todas as proveniências, que também deve bradar aos céus que os “outros vivem acima das suas possibilidades”, esquecendo-se que não cumpre as suas responsabilidades.
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