Bora é o novo coletivo de designers das Caldas

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Os autores, formados na ESAD.CR,trabalham em vários materiais e escolheram ficar a viver nas Caldas da Rainha
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Espaço Leonel Miranda acolheu a primeira exposição de home ware do novo grupo

Eneida Tavares, João Xará, Jorge Carreira e Samuel Reis são designers e decidiram que chegou a hora de se constituírem em coletivo. A apresentação do Bora decorreu no sábado, 9 de novembro, no Espaço Leonel Miranda, no Bairro da Ponte onde deram a conhecer projetos, individuais ou feitos em parceria , das áreas do mobiliário, iluminação e também dos acessórios para a casa.
“Todos temos desafios e problemas semelhantes e, se formos todos juntos, conseguiremos resolver as adversidades como menos dificuldades”, disse Eneida Tavares, momentos antes da inauguração e da apresentação do Bora.
Trata-se pois de um novo coletivo com 15 produtos e que permite aos designers unir sinergias e obter vantagens do que se agissem individualmente.
O Bora pretende continuar a apresentar os produtos que os quatro autores vão criando mas não querem para já seguir as regras de apresentação de coleções que exigem o mercado. “Temos os mesmos fornecedores e até já tínhamos desenvolvido algumas peças em conjunto”, disse Samuel Reis.
Os quatro autores formaram-se na ESAD.CR, tiraram todos mestrado além de que aprofundam os seus conhecimentos sobre as técnicas necessárias à execução dos seus produtos. Entre as propostas presentes nesta primeira apresentação estiveram peças feitas em madeira, metal e também em barro vermelho e vime. Estas últimas de Eneida Tavares e de João Xará contam com a particularidade de serem feitas em vime que é trabalhado nos Açores, incluído o facto de ser cozido nas furnas. “Já estamos a pensar em fazer mais objetos com estes dois materiais”, explicou o autor enquanto mostrava fruteiras e candeeiros. Podem também ser adquiridos serviços de copos e jarros de Samuel Reis que têm a particularidade de ter as bases descentradas.
No Espaço Leonel Miranda estiveram tapetes feitos com corda de algodão de desperdício, mesas de madeira, canapé e cadeira feitas em bunho e peças decorativas em cimento, criadas em roda de oleiro. Estas últimas são de Jorge Carreira, um projeto que o designer desenvolveu no Cencal.
Os designers têm os seus ateliers em vários espaços na cidade e “juntamo-nos para estes momentos de criação ou de execução de tarefas relacionados com o coletivo, contaram os autores da Bora.
Ao longo do ano haverá mais momentos de encontro proporcionando ao público o contacto direto com as peças destes designers que contaram com a presença de muitos amigos, familiares e de fornecedores que tornam possíveis as suas criações onde aliam modernidade com técnicas de execução tradicionais.
O coletivo Bora vende on-line e as peças podem ser encomendadas em boradesign.pt. ■

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