Camões homenageado pelos leitores e cinéfilos das Caldas na Biblioteca

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Sessão reuniu cerca de meia centena de pessoas e contou com declamações, teatro e outras atividades
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Luis Vaz de Camões foi homenageado nas Caldas, com a 549ª sessão da Comunidade de Leitores e Cinéfilos das Caldas, que reuniu cerca de meia centena de pessoas, no passado sábado, dia 22 de março, na Biblioteca Municipal.

Durante a apresentação, Carlos Gaspar salientou que “a obra de Camões é universal e, por isso, é, também, atual, sobressaindo ainda a harmonia na globalidade da sua poesia”.

Houve momentos de declamação de poesia, por exemplo, com João Nunes a declamar “Alma minha gentil” e “Amor é fogo que arde sem se ver”.

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O Grupo Superflash apresentou Mary Poppins e Música no Coração, enquanto o grupo Teatro da Pessoa trouxe um excerto da peça que está a preparar para o festival de teatro Barómetro, que decorrerá em maio, nas Gaeiras. A peça  intitula-se de “De quem é esta história?”.

Seguiu-se a sessão número 351 do programa Cinema Paraíso.

Entre outros, houve ainda tempo para ouvir Amália Rodrigues a cantar o poema “Com que voz” e o grupo caldense Sons do Bairro a cantar a “Moda do Entrudo”, de José Afonso. A sessão terminou com toda a plateia a cantar Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades”.

No final, um bolo de aniversário com um retrato do poeta.

A vereadora da Cultura da Câmara das Caldas, Conceição Henriques, marcou presença na sessão e usou da palavra para dizer um poema do poeta italiano Salvatore Quasimodo intitulado de “De repente é noite”, que aborda a brevidade da vida. A autarca notou que o mundo anda avesso à poesia, mas salientou que, quanto mais negro for o mundo, “mais precisamos de poesia”. Nesta data aproveitou para lembrar as crianças que, diariamente, perdem a vida nas guerras em todo o planeta.

Já Tânia Leonardo, do Teatro da Pessoa, agradeceu a Carlos e Palmira Gaspar “pelo contributo que dão à Cultura” e deixou o seu desejo de que “em cada um de nós possa haver um bocadinho de Carlos e Palmira”.

Esta semana houve ainda a apresentação do espetáculo “Os Lusíadas como nunca os ouviu”, ditos por António Fonseca. Com duas apresentações diárias nos dias 24 e 25 de março, no CCC, o espetáculo destinava-se aos alunos dos 9º, 10º, 11º e 12º anos escolares e era promovido pela Companhia Nacional de Espetáculos.

 

Festival em Alcobaça

Em Alcobaça os 500 anos do nascimento de Camões são o mote para a primeira edição do festival “Alcobaça Inspira: Arte, Literatura e Paixão”, que é organizado pelo município e vai decorrer até ao dia 6 de abril.

No que toca à literatura e o festival vai contar com a participação de Sónia Balacó, Luísa Sobral, Jorge Serafim, João Tordo, Inês Meneses, Mami Pereira e vários autores de Alcobaça.

No cinema, o destaque vai para a apresentação de “Camões”, de Leitão de Barros, um filme sobre a vida do escritor, exibido no Festival de Cannes de 1946. Será também apresentada a “Viagem do Rei”, de João Pedro Moreira, numa sessão com a participação de Rui Reininho, Nuno Gonçalves e Alberto Guerreiro.

Na música, a proposta passa pelos espetáculos “Mar de Camões” (que inaugurará o espaço Panorama – novo multiusos), “Contos Cantados”, pela companhia Trimagisto, e um concerto da Banda Sinfónica de Alcobaça. O concerto inaugural contará com Katia Guerreiro, Joana Amendoeira, Filipe Gonçalves, Elisa Rodrigues, Selma Uamusse, Natália Luiza, Baltasar Marçal e Tiago Torres da Silva, acompanhados de um ensemble de 20 músicos.

No teatro, a companhia S. A. Marionetas levará ao palco a tragicomédia “Inês de Castro” e Virgílio Castelo e Maria Elisa Domingues interpretam “Cartas de Amor”. Duas exposições marcam a primeira edição do Festival: “(Des)velamentos de pedro e inês”, uma exposição coletiva de arte contemporânea e “As plantas na obra poética de Luis Vaz de Camões”, uma mostra de aguarelas de Úrsula Beau.

Por último, decorrerá, até ao dia 8 de junho, um concurso de fotografia sobre o património de Alcobaça, aberto a amadores e profissionais que poderão concorrer a prémios entre os 500 e os 3.500 euros.

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