Columbano recordado em exposição no Museu do Chiado

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Obra Frutos de Outono
A obra Frutos de Outono (1907), que poderá ser apreciada no museu lisboeta
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Será inaugurada a 2 de Dezembro, no Museu do Chiado (Lisboa) a exposição “Columbano” que integra o programa das Comemorações do Centenário da República. Segundo o texto de apoio da autoria da comissária Maria de Aires Silveira, Columbano Bordalo Pinheiro (1857-1929), irmão de Rafael, “introduz um discurso de modernidade, especialmente através do retrato, desde a década de 80, e representa as mais destacadas personalidades da sociedade portuguesa, em imagens identificadoras das mudanças sociais, ao longo de três gerações da viragem do século”.
A comissária referiu o ambiente familiar da juventude de Columbano, salientando “os serões artísticos dedicados ao desenho e a influência do pai, Manuel Maria Bordalo Pinheiro, hábil desenhador e gravador, admirador da pintura holandesa seiscentista”, e identifica a admiração pelo irmão mais velho, o caricaturista Rafael Bordalo Pinheiro, como outro factor que lhe vai marcar o percurso artístico.
Columbano, considerado o maior pintor do século XIX, foi um “critico o irónico das burguesias, que cruza a sua aprendizagem com as noções de realismo e liga o seu sentido de observação, cedo revelado, ao gosto pela captação psicológica do retratado”, continua a responsável.
Antero de Quental, Eça de Queirós, Fialho de Almeida, Bulhão Pato, Batalha Reis, Teixeira Gomes, Raul Brandão e Teixeira de Pascoais foram algumas das figuras de destaque que foram retratadas por este artista. A sua vasta produção de uma centena de retratos, entre 1885 e 1928, corresponde “a uma crescente projecção do autor, que se afirma a partir de uma mediatizada exposição, em 1894”.
A exposição vai estar patente no Museu do Chiado até Março de 2011.

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