Ivo Correia criou a peça Pelicano Termal

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Ivo Correia é o próximo autor da colecção das termas, promovida pela Gazeta das Caldas. O autor propôs Pelicano Termal, uma peça que se inspira nas termas locais, no brasão da cidade e onde estão também simbolicamente representados a Praça da Fruta, a Lagoa e as praias da região.

 

Pelicano Termal é um pequeno painel com inspiração nas Caldas como cidade termal. Ivo Correia conta que se baseou no brasão da cidade, reproduzindo o camaroeiro e o pelicano, símbolos da rainha D. Leonor e D. João II. A peça também contém o mosaico colorido da Praça da Fruta, “das águas que banham o centro da cidade (as termas) e as que circundam a mesma (a Lagoa e as praias circundantes)”, disse o ceramista que usou pasta de grés e nela juntou argila da costa Oeste.
“A parte branca do pelicano, no topo, simboliza também uma pia termal”, acrescentou o autor, referindo ainda que estão também presentes as malhas do camaroeiro e as três pontas douradas da coroa da Rainha D. Leonor. As diferentes cores desse mosaico representam as diversas bancas, assim como os visitantes da praça da fruta.
“É para mim uma peça de água, fluída e leve e que simboliza toda a génese da cidade, o seu termalismo e o casal real D. Leonor e D. João II, patronos dessa herança termal”, disse.

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Ivo Correia, é filho de Armando Correia e desenvolve o seu trabalho no Atelier Xis Cerâmica onde produz peças em barro vermelho decoradas com as estações do ano, castelos, barcos e aldeias. O autor lamenta que a maioria da população não conheça o “valioso património termal caldense”, mas adianta que isso se deve, entre outros motivos, ao facto do Hospital Termal “ainda se encontrar encerrado, assim como todo o espaço devoluto dos pavilhões do parque”.

Vendas no país e estrangeiro

Ivo Correia tem 36 anos e dedica-se há 16 à cerâmica. Aprendeu o que sabe das artes do barro com o seu pai. Actualmente, a sua empresa Atelier Xis Cerâmica está a vender para lojas nas Caldas, Óbidos, Nazaré, Vila Nova de Mil Fontes e Lisboa. “Porém, com o advento das novas tecnologias, vendemos para todo o país e até para fora”, referiu o autor, explicando que a empresa, além das encomendas das lojas, é também contactada por clientes que viram as suas peças em lojas e quererem comprar mais.
Como a produção é reduzida, o Atelier Xis não tenciona por agora ter muito mais pontos de venda. “Vamos estar presentes numa loja no Porto, uma em Sintra e uma no Algarve e devemos ficar por aí nos próximos tempos”, referiu.
Nas Caldas, o Atelier Xis vende na loja da Gazeta das Caldas, no CCC e no Museu de Cerâmica. Em Óbidos vendem na Loja dos Arcos, que é o seu cliente mais antigo. Na Nazaré está presente na Carbel Artesanato, um estabelecimento onde se vendem obras de outros ceramistas caldenses. Em Lisboa, no Museu Nacional do Azulejo, o atelier caldense vende apenas peças em porcelana que se destinam a turistas “com uma capacidade de aquisição diferente dos outros locais turísticos de grandes multidões”, rematou.
Pelicano Termal – a peça de Ivo Correia da segunda colecção de cerâmica da Gazeta das Caldas – custa 30 euros para os assinantes do jornal e 35 euros para o público em geral.

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