Teatro da Rainha quer ir para o CCC mas Câmara das Caldas tem adiado a decisão

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Teatro da Rainha
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O Grupo de Teatro da Rainha gostaria de passar a ensaiar na sala de ensaios do CCC já que, devido à crise, vêem para já inviabilizado o início da construção da sede própria.
Os seus responsáveis acham que o equipamento cultural da cidade, que é público, os poderia acolher sem contudo perder o objectivo de “construirmos a nossa própria sede”, disse José Carlos Faria, um dos responsáveis daquela companhia residente.

 

Na hipótese de lhes ser cedida a sala de ensaio, um espaço próximo do palco “poderíamos levar o nosso equipamento técnico e disponibilizá-lo até para outras iniciativas que ali decorram”. Aquele responsável diz ainda que iniciaram conversações com a Câmara das Caldas sobre esta questão em Junho passado mas a autarquia “tem adiado sucessivamente a decisão”.
Apesar de não quererem abdicar da construção da sua sede, esta companhia profissional emprega 13 pessoas e precisa de um espaço com condições para a realizar as suas actividades.
Maria da Conceição Pereira, vereadora da Cultura e responsável pelo CCC diz que este assunto irá ser discutido em sessão de Câmara no próximo dia 8 de Novembro. Afirma que, como autarca, considera que o CCC “está disponível para estabelecer um protocolo com o Teatro da Rainha para a utilização dos espaços” mas não para lhes pode entregar “uma sala de ensaio para que esta seja transformada em sala de espectáculo”. Diz que aquela sala não foi pensada para apresentações, nem para receber público ou qualquer companhia permanente. O CCC “não foi pensado para albergar nem o Teatro da Rainha nem qualquer outro grupo do concelho”, disse a vereadora que diz que já transmitiu esta ideia à companhia.
Por outro lado no protocolo que conta que poderá ser estabelecido será dado acesso ao grupo à sala de ensaios  – por determinados períodos de tempo – e será permitida a apresentação de espectáculos nas outras salas (grande e pequeno auditório). A vereadora recordou que o CCC tem protocolos com a ESAD e com a Escola de Dança que utilizam também a sala de ensaios. Além do mais salientou que o espaço é usado durante a realização de eventos externos ao CCC.

Grupo não desiste da construção da sede própria

O grupo caldense, criado em 1985 ainda na Casa da Cultura, regressou às Caldas em 2003 após ter estado vários anos a trabalhar em Évora e de ter ainda passado por Coimbra.
A companhia, a convite da Câmara há sete anos  – instalou-se numa área – que transformaram em estúdio num dos ex-edifícios onde antes esteve instalada a universidade UAL e onde agora se encontra o pólo caldense da Escola de Hotelaria e Turismo do Oeste.
O quotidiano da escola não se coaduna com as necessidade de uma companhia de teatro e por isso o grupo tem usado como espaço alternativo o sotão da ex-Lavandaria do Hospital das Caldas. O grupo gosta de poder usar aquele espaço mas a verdade é que este “não é adaptável a todos os tipos de espectáculos”. Além do mais, o grupo não sabe qual será a ideia do novo Conselho de Administração para aquela área.
O grupo desde 2005 que tem um projecto de arquitectura inovador, para um terreno junto das antigas instalações da UAL, da autoria do arquitecto Nuno Lopes mas a crise persistente tem inviabilizado o início da construção para a qual a Câmara Municipal das Caldas se comprometeu a contribuir, além de ter cedido o terreno.

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