Ricardo Isabelinha marcou o seu primeiro golo oficial ao serviço do Caldas

Golos de Ricardo Isabelinha e Farinha colocaram termo a série de quatro empates consecutivos e de três empates seguidos em casa. O triunfo coloca o Caldas a três pontos do segundo lugar.

Campo da Mata, Caldas da Rainha
Árbitro: Fábio Lourenço, AF Viseu. Assistentes: Jorge Ramos e Luís Ramos
CALDAS 2
Luís Paulo [7]; Juvenal [7], Militão (C) [8], Gaio [7] e Farinha [8]; Paulo Inácio [8], André Santos [7], Pedro Faustino [7] e Simões [7] (Yordy [5] 67); Leandro [7] (Januário [4] 76) e Ricardo Isabelinha [7] (Hugo Neto [5] 67)
Não utilizados: Rui Oliveira, Passos, Bruno Eduardo, Ruca
Treinador: José Vala

OL. HOSPITAL 0
João Alves; Fred Martins, Kaique Jordan, Romário (C) (Diogo Mingachos 74) e André Freitas; Henrique Leça e Bruny; Samuel Garrido, Tenta Maeda (Zé Francisco 58) e Franck Anoumou (Kristian Trajceski 46); Rafael Silveira
Não utilizados: Marco Fernandes, Tiago Dias, David Brás, Fred Neves
Treinador: Miguel Valença
Ao intervalo: 1-0
Marcadores
Ricardo Isabelinha (11), Farinha (52)
Disciplina
Amarelo: André Santos (5), Romário (20), Gaio (59), Fred Martins (71), Henrique Leça (90+3)
Joel Ribeiro
jribeiro@gazetadascaldas.pt

Há quatro jogos que o Caldas não ganhava, embora também não perdesse há sete, e os últimos três desafios no Campo da Mata também tinham terminados com divisão de pontos. Frente a frente estavam duas das três equipas com mais empates na série, por isso era um jogo de aposta no “X”. Mas o Caldas queria claramente acabar com esta série e fez pela vida. Com um sistema de 4-4-2, mas com Leandro a ocupar um dos lugares na frente, com ordens para ser mais um elo de ligação de jogo e mais um apoio na zona central.
Com o relvado pesado e uma equipa combativa do outro lado, o Caldas apostava assim em manter-se coeso no seu meio-campo defensivo e lançar ataques velozes com passes directos a servir a velocidade de Ricardo Isabelinha.
Os primeiros minutos foram bem movimentados, com o Caldas a conquistar cedo dois livres nas imediações da área e a ter mais um lance de perigo, com dois remates de Leandro, um deles que pode ter sido travado pelo braço de Kaique. Do outro lado, também de livre Romário cabeceou com perigo, mas à figura de Luís Paulo.
Ao minuto 11, o Caldas chegava à vantagem por Ricardo Isabelinha. Tudo começa com uma saída falhada do Oliveira do Hospital num livre no seu meio campo defensivo, o Caldas recuperou a bola e lançou rapidamente o ataque, com Leandro a lançar Isabelinha na direita, este fez o movimento interior e já na área atirou para o golo, com João Alves a tocar ainda na bola.
O golo madrugador só reforçou a estratégia do Caldas, que continuou a defender bem e a não se desposicionar nas saídas em ataque.
A abrir a segunda parte o Caldas voltou a aproveitar da melhor forma uma saída rápida para o ataque, com Farinha a concluir um lance iniciado por André Santos e Ricardo Isabelinha.
Com o refrescar do ataque, o Caldas ainda teve várias situações para dilatar o marcador, com Hugo Neto como protagonista. Já o Oliveira do Hospital não conseguiu mais que alguns lances de bola parada e cruzamentos nos quais Luís Paulo demonstrou grande segurança.

Melhor do Caldas

Gazeta das Caldas - Caldas SC
Paulo Inácio 8

Mal se deu por ele mas foi garante da enorme estabilidade e organização do Caldas na manobra defensiva, ocupando sempre muito bem os espaços à frente dos centrais, não permitindo ao adversário chegar perto da baliza alvinegra em boas condições.

LEANDRO, JOGADOR DO CALDAS
Trabalhar muito
Sabíamos que ia ser um jogo de luta, preparámo-nos bem para isso e conseguimos voltar às vitórias. O relvado não favorece o nosso estilo de jogo, que envolve trabalhar bem a bola mas, quando não dá para jogar, temos que ir na luta e trabalhar muito, foi o que fizemos. Comecei a época com a infelicidade de uma lesão no joelho, voltei a jogar e agora é trabalhar muito para ajudar a equipa.

JOSÉ VALA, TREINADOR DO CALDAS
O relvado possível
Não costumo dedicar vitórias, mas queria dedicar esta ao Adolfo, ao Cunha, ao Sancheira e ao Creio, que se têm preocupado para termos o relvado nas melhores condições possíveis. Foi um jogo equilibrado, difícil. É difícil marcar golos a esta equipa, entrámos bem, fizemos o golo. Estivemos organizados, não deixámos que o Oliveira do Hospital nos criasse grande perigo. No início da segunda parte fizemos o segundo golo e podíamos ter feito o terceiro em transições, o que penso que seria pesado para o adversário. Foi um resultado justo.

MIGUEL VALENÇA, TR. OL. HOSPITAL
Sem margem para dúvidas
Vitória sem margem para dúvidas do Caldas, porque nas poucas oportunidades que tivemos as finalizações foram más. Nunca tivemos a audácia para chegar às zonas de finalização com qualidade. Tivemos dois erros claros na primeira fase de construção que deram os dois golos do Caldas.