Na Marginal Norte, em Peniche, já próximo do Cabo Carvoeiro, situa-se a empresa Profresco, que se dedica à embalagem e distribuição de peixe fresco e congelado. A empresa, que possui peixaria, restaurante e take-away, contou com uma remodelação que custou 300 mil euros e que permitiu criar mais cinco novos postos de trabalho. A Profresco, liderada por Luís Simões, quer instalar-se em Lisboa a partir da próxima Primavera.
“Todas as áreas foram recentemente redimensionadas”, explicou o empresário Luís Simões (que é também cozinheiro) acrescentando que foram criados novos circuitos internos, dando assim sequência ao crescimento do negócio.
Na cave funciona a fábrica da empresa, onde é feita a congelação, a cozedura de crustáceos e também a embalagem dos vários tipos de peixe que, por norma, vêm das lotas oestinas. No que diz respeito à distribuição, a Profresco distribui peixe fresco e congelado em Peniche, Caldas, Nazaré, Bombarral e tem vários clientes entre restaurantes e IPPs’s de todo o Oeste.
No piso térreo, há uma peixaria com as bancas de peixe fresco, uma loja de congelados e dois viveiros com crustáceos. Do outro lado fica o restaurante que conta também com duas esplanadas: uma coberta com ar condicionado e uma ao ar livre que tem um bar de apoio que se dedica aos cocktails e que é coordenado pelo barman Jorge Mimoso.
Antes o restaurante possuía 70 lugares mas com as obras de remodelação recentes passou a dispor de 140.
Na loja da Profresco vendem-se vários tipos de peixes e mariscos. E também há “produtos nossos” como, por exemplo, hambúrgueres de peixe, de polvo e de marisco.
A última novidade é a Sardinha Pinga no Pão. A sardinha é congelada em água do mar, num projecto concretizado entre a Profresco e a Escola Superior de Turismo e Tecnologia do mar de Peniche, parceira no desenvolvimento de vários produtos. Acaba por ser uma aposta numa tradição antiga, que as novas gerações não conhecem e que permite comer este peixe fora de época. Uma caixa com um quilo e meio de sardinha congelada, custa aproximadamente oito euros.
A Profresco dispõe de serviço take-away e ainda serve sushi aos fins de semana.
Aos clientes da Profresco é permitido ver um peixe na banca da peixaria e pedir para que os pargos ou robalos frescos que acabou de ver possam ser cozinhados e servidos no seu prato. Assim como o marisco que pode ser apreciado nos viveiros, que estão ao fundo da peixaria e podem ir parar, confeccionados, ao prato do cliente. Há também lagostas e sapateiras.
No restaurante, para o qual o próprio empresário também cozinha, servem-se os mais variados pratos de peixe, confeccionados de várias formas. Camarão, percebes, navalheiras, ameijoas, sapateiras, robalo, safio, gambas e atum, são alguns dos espécimes que originam os mais variados pratos. Pode ser um simples grelhado, uma caldeirada, uma travessa de mariscos, uma açorda ou um peixe, transformado em pica pau como acontece por exemplo com o atum. Há um sem fim de propostas para degustar, em frente ao mar e assisir também ao pôr do sol, muito próximo do Cabo Carvoeiro.
Para quem não gosta de peixe, a Profresco tem alguns pratos de carne como um Bitoque da Vazia ou um hamburguer especial, com 180 gramas de carne. É igualmente servido um prato vegetariano, com legumes da região “que é confeccionado com algum sabor tradicional”, disse o empresário–cozinheiro. O preço médio de cada prato, ao almoço, na Profresco ronda os 10 euros.
Remodelação cria mais cinco postos de trabalho
Para efectuar a remodelação do espaço Luís Simões fez um investimento de 300 mil euros, o que permitiu aumentar em cinco os postos de trabalho. A equipa da Profresco varia entre as 14 (época baixa) e as 30 pessoas. A empresa tem um volume de facturação em torno dos 1,5 milhões de euros.
Desde os 19 anos que o empresário trabalha com peixe. “A fase seguinte será abrir este mesmo conceito em Lisboa”, disse Luís Simões, de 52 anos à Gazeta das Caldas, acrescentando que a sua empresa vai procurar estar em pontos centrais da capital portuguesa.
O empresário diz que passados os anos da crise, o cenário empresarial “é animador para quem gosta de inovar e para quem está disposto a sair da sua zona de conforto”.
Na sua opinião, o mercado actual é “muito exigente e muda rapidamente” logo os empresários têm que ser muito criativos e fazer esforços para se manterem na crista da onda. Luís Simões queixou-se ainda da falta de recursos humanos qualificados e disponíveis para a restauração. “É um trabalho exigente em termos de horários e nem toda a gente está disponível para trabalhar aos fins de semana”, rematou o responsável.
O restaurante Profresco funciona entre as 12h00 e as 22h00 e, até 15 de Setembro, não são aceites reservas.