Concessionário do bar do Centro da Juventude foi-se embora e não pagou dívidas

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Notícias das Caldas
Centro de Juventude | D.R,

A empresa Stylerevolution, Lda, que explorava o bar do Centro de Juventude, deixou de pagar a renda dos últimos cinco meses e saiu de cena sem ter pago as contribuições devidas à Segurança Social relativas à funcionária.
No entanto, o empresário, Duarte Nélio, garantiu à Gazeta das Caldas que a situação da funcionária “estava regularizada”, o que não correspondia à verdade à hora do fecho desta edição. Em relação à dívida ao Centro de Juventude disse que “vou pagá-la assim que me for possível”. O bar já tem nova concessão e o Centro da Juventude vai proceder judicialmente contra o anterior concessionário.
O bar do Centro da Juventude esteve anteriormente concessionado à empresa Stylerevolution, Lda, que tem sede em Lisboa e que foi a vencedora do concurso público que foi levado a efeito em Dezembro de 2010 para a explorar daquele espaço e que teve apenas duas respostas
Rogério Rebelo, director do Centro da Juventude que é gerido pela Associação para o Desenvolvimento da Juventude das Caldas da Rainha (ADJCR), diz que esta instituição é alheia ao facto da funcionária contratada pela referida empresa não ter a situação regularizada perante a Segurança Social. “Ficamos surpreendidos pois, segundo a funcionária, existia um contrato de trabalho e recibos de vencimento emitidos pela empresa em questão”, disse o responsável à Gazeta das Caldas.


O director acrescentou que a direcção da ADJCR e todos os funcionários do Centro da Juventude atestam que “a funcionária do bar era cumpridora das suas obrigações, bem como dos seus horários, desde o início da concessão do bar”.
No início da concessão, a empresa tinha duas funcionárias a seu cargo, uma durante o dia e outra que ficava até ao fecho do Centro de Juventude. Nos últimos meses da concessão, porém, o serviço era assegurado apenas por uma funcionária.

Renda por pagar desde Agosto

O concessionário já não pagava a renda mensal de 629 euros desde Agosto e por isso devia à ADJCR um total de 3.145 euros. Segundo o director do Centro, “a direcção da ADJ fez todos os esforços para se chegar a um acordo, tendo enviado cartas registadas com aviso de recepção para a sede da empresa, não surtindo qualquer efeito, o que nos levou a entregar o assunto a uma advogada, que irá agir judicialmente, para vermos os nossos direitos devidamente ressarcidos”.
Em concessões anteriores, a ADJ teve também problemas semelhantes, como, por exemplo, com a empresa Meio Concentrado, que também deixou algumas contas por pagar e, por isso, o assunto também foi entregue à  advogada para agir judicialmente.
Entretanto o Centro da Juventude já concessionou novamente o bar, tendo agora pessoas do concelho das Caldas na sua exploração.

Andreia Lopes, 27 anos, veio para as Caldas da Rainha em 2007 e sempre trabalhou ligada à área da hotelaria e restauração. Trabalhou para a Stylerevolution desde Março de 2011 até ao final de Janeiro de 2013.
Seguindo indicações do patrão, a funcionária retirava ela própria o seu salário da caixa diária nos últimos meses em que o bar laborou sob aquele concessionário.
Quando se apercebeu que afinal os seus descontos na Segurança Social não estavam regularizados e que afinal o contrato e recibos de salário não estavam correctos, Andreia Lopes nem queria acreditar. “De um dia para o outro fiquei sem rendimentos e, como toda a gente, tenho contas a pagar ao fim do mês”, disse a jovem que está à procura de novo emprego.
Quando foi à Segurança Social, Andreia Lopes constatou que o seu nome surge em nome de uma empresa que não conhece, em Fevereiro de 2013 e apenas com 10 meses de descontos. Ao todo a funcionária trabalhou para a empresa de Duarte Nélio durante dois anos. A funcionária já denunciou o ex-patrão, que agora tem um prazo legal para regularizar a situação.
Contactado pela Gazeta das Caldas, Duarte Nélio, responsável pela Stylerevolution, confirmou que devia o dinheiro das rendas ao Centro da Juventude e que iria pagar o que deve, tendo referido que o Centro da Juventude também lhe devia algumas facturas, no valor de 200 euros, de serviços prestados pelo bar. Disse também que a situação da funcionária “estava regularizada”, o que não era verdade na passada terça-feira, à hora de encerramento desta edição.