Caldas da Rainha é uma das quatro localidades do país onde a EDP está à procura de voluntários que queiram receber equipamentos eléctricos modernos (como máquinas de lavar inteligentes) para os testar durante um ano e depois ficar com eles. Entre os requisitos está a apetência tecnológica, morar na União de Freguesias de N. Sra. Pópulo, Coto e São Gregório e estar disponível para responder aos pedidos de utilização dos promotores.
Com o aumento da produção de energias renováveis, o sector energético está a mudar e este projecto é uma forma de perceber melhor o dia de amanhã e de procurar adaptar o consumo à produção.
Caldas da Rainha é um dos quatro locais onde irá decorrer o projecto piloto do Integrid, uma iniciativa que pretende estudar o futuro do mercado energético, com o incremento das energias renováveis. Esta iniciativa foi apresentada no dia 4 de Junho no Sana Silver Coast Hotel.
O Integrid arrancou em Janeiro de 2017 e tem uma dotação orçamental de 15 milhões de euros (cofinanciado por fundos comunitários), devendo durar 42 meses.
A EDP – que coordena o projecto – procura entre 60 e 100 voluntários que residam na União de Freguesias de Nossa Senhora do Pópulo, Coto e São Gregório, que se disponibilizem para receber equipamentos (máquinas de lavar inteligentes, painéis solares, termoacumuladores, baterias e sistemas de gestão) e que durante um ano se comprometam a utilizá-los de acordo com o que for sendo pedido pelos promotores do projecto.
Quem estiver interessado deverá dirigir-se à União de Freguesias e inscrever-se.
Há 700 clientes elegíveis, consoante determinados requisitos técnicos da habitação e requisitos comportamentais do consumidor (que deve ter apetência para as novas tecnologias).
No final de um ano a responder aos pedidos da EDP para fazer determinadas tarefas a determinadas horas, os equipamentos ficam para o cliente.
CALDAS É UMA DAS CIDADES PILOTO
As Caldas foi escolhida para ser testada a nível residencial, tal como outros dois locais com menor densidade: Samouco (Setúbal) e Valverde (Évora). A nível industrial o projecto será testado em Mafra.
E porquê as Caldas? Porque tem uma grande diversidade etária, pelo tipo de edificação, pela abertura da população e da Câmara a novas iniciativas e porque na freguesia escolhida, praticamente todos os contadores instalados são inteligentes, como explicaram os responsáveis pelo projecto.
Até Setembro deste ano decorre a preparação, divulgação e angariação de voluntários para o projecto. Até ao final do ano serão instalados os equipamentos e em 2019 decorrerão as demonstrações.
A equipa da EDP tem 70 pessoas, mas no consórcio europeu – composta por 14 parceiros de oito países europeus – trabalham mais de 200 pessoas.
O Integrid terá demonstrações em ambiente real também na Suécia e na Eslovénia. Além de perceber e demonstrar a flexibilidade no consumo de energia, com este projecto, a EDP e o consórcio europeu, ganha, por exemplo, maior fiabilidade nas previsões e consegue optimizar os recursos.
O objectivo do consórcio é estudar a flexibilidade do consumidor e o impacto dessa flexibilidade. Por outras palavras, os promotores querem testar e demonstrar que, adaptando os horários a que se fazem determinadas tarefas (sem fugir muito aos padrões normais), é possível proteger o ambiente, utilizando menos combustíveis fósseis.
Um exemplo de flexibilidade em termos energéticos é a tarifa bi-horária, que incentiva consumos em determinadas horas.
Outro objectivo da distribuidora energética é que as pessoas possam ter mais controlo na gestão energética, por exemplo ao nível do preço a que pagam a energia e do tipo de energia que utilizam.
PREVER O SECTOR ENERGÉTICO DE AMANHÃ
“Já foi o tempo em que o distribuidor de energia a recebia e distribuía para as casas das pessoas”, salientou João Torres, presidente da EDP Distribuição. Hoje o desafio é maior e o aumento das renováveis cria novas questões. Por exemplo, antigamente ao meio-dia havia um vazio de consumo de energia eléctrica e, consequentemente, um vazio de produção pois produzia-se consoante as necessidades. Hoje em dia esse vazio transformou-se num pico energético, devido ao aparecimento da energia solar, mas que não tem aplicação porque os consumos a essa hora são reduzidos. Outra questão é que o vento não pára e as eólicas produzem energia (sobretudo de noite quando há mais vento) mesmo quando não há procura por parte dos consumidores. “A produção é cada vez menos controlável e o consumo continua a ser incontrolável”, notou João Torres, acrescentando que o Integrid permite “ajustar a procura à produção de energia” e perceber “de que modo o consumo é flexível”.
Pedro Matos, responsável pelo projecto das Caldas, esclareceu que a EDP quer antecipar o que vai acontecer no sector energético no futuro.
Já André Branco, outro responsável do Integrid, disse que o projecto tem de se basear nalguns pressupostos: a competitividade (o custo da energia não pode ser superior ao que é actualmente) e o fornecimento constante, sem intermitências. Com esta iniciativa, defendeu André Branco, as Caldas estão “no caminho certo para ser uma cidade inteligente”.
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…e que tal, como supostos “informadores” disponibilizarem os links para os interessados se dirigirem directamente ao que interessa!?