Oralplan cria clínica de recuperação dentária na antiga J.L. Barros

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Cassis Clay e Oralplan
Cassis Clay (segundo à esquerda) e parte da equipa da Oralplan junto às futuras instalações - Joel Ribeiro

A Oralplan – Consultadoria Na Área Da Saúde, Lda. vai mudar-se em Maio para as antigas instalações da J. L. Barros, junto à rotunda de acesso à A8 na estrada da Foz. Ali vai nascer uma clínica de recuperação dentária, com 15 gabinetes para tratamentos, cirurgia e formação, num investimento que rondará meio milhão de euros.

A Oralplan foi fundada em 2004 nas Caldas da Rainha pelo médico dentista Cassis Clay e encontra-se actualmente no número 10B da Avenida Eng. Marcelo Morgado, onde tem seis gabinetes e uma equipa de 23 colaboradores, que faz uma média de 40 atendimentos diários.
A mudança surge no âmbito de uma estratégia de crescimento para a empresa, explicou Cassis Clay à Gazeta das Caldas. “A ideia de mudar para este espaço nasceu de repente. Percorri todo o edifício e achei que aqui o nosso negócio podia passar de local para regional”, disse durante uma entrevista que decorreu nas futuras instalações.
A Oralplan vai ocupar o edifício principal da antiga J. L. Barros & Cunha Gomes (que pertence desde 2012 à Lealmat) com um contrato de arrendamento por um período mínimo de 10 anos.

Aquele espaço, com uma área de 1.000 m2, era antes amplo, está a ser intervencionado para receber 15 gabinetes, repartidos pelos dois pisos.
O que se pretende com o novo espaço “é oferecer a quem nos procura uma experiência de tratamento na área médica, com acesso fácil e pouco tempo de espera, porque o tempo hoje é um bem precioso, e um atendimento num ambiente mais confortável”, refere Cassis Clay.
No piso térreo será desenvolvida a medicina dentária convencional, como tratamentos de restauro, higienizações e ortondôncia – relacionada com os aparelhos dentários.
O piso superior será dedicado por inteiro à cirurgia de Implantologia e à formação.
“A Implantologia é a nossa especialidade, é nisso que somos diferenciados”, refere Cassis Clay. Este tipo de intervenção sofreu grande avanços graças aos meios tecnológicos, que a empresa acompanha. Hoje é possível restituir toda a dentição a uma pessoa que a perdeu por completo, bastando uma intervenção cirúrgica com cerca de quatro horas de duração, antecedida de duas a três consultas prévias.
Além dos gabinetes médicos e de cirurgia, o piso superior terá três salas de recobro, que não existem nas actuais instalações por falta de espaço.
Cassis Clay realça que a Implantologia é a parte que torna a profissão mais compensadora. “Quando os pacientes concluem o tratamento são outras pessoas completamente diferentes, reinventam-se socialmente, porque não tinham uma conexão com o ambiente social tão grande. Voltam a sorrir, deixam de colocar a mão à frente da boca…”, descreve.
É também no âmbito da Implantologia que a Oralplan desenvolve a actividade de formação, não só a nível interno, para os seus colaboradores, como para médicos externos.

POTENCIAR A EMPRESA

Actualmente o alcance da Oralplan já passou o âmbito local. Tem vários clientes que vêm às Caldas para receber tratamentos vindos de outros países. “São portugueses que vêm dos Estados Unidos, França, Luxemburgo, Suíça, num trabalho próximo do turismo de saúde oral, em que os clientes vêm, ficam alojados em hotéis durante três ou quatro dias e voltam para casa depois dos tratamentos”, adianta Cassis Clay.
No entanto, esta é uma componente que espera ver reforçada e há potencial para isso, não só pelas novas instalações, como pela proximidade com a auto-estrada.
O projecto significa um investimento que ronda meio milhão de euros, entre as obras e a aquisição de novo equipamento.
“Há quem me diga que tinha que ter uma clínica destas em Lisboa, eu acho que a tenho que ter aqui”, afirma o fundador da Oralplan, até porque sente que deve retribuir o que a comunidade caldense lhe deu desde que aqui chegou há 18 anos.
“As pessoas sentem que valeu a pena apostarem em nós porque nos desenvolvemos em termos de espaço, de técnicas e de profissionais para os atender e às suas famílias”, concluiu.