Os acordos para a Lagoa de Óbidos

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MOVIMENTO PELO NADADOURO

Os acordos para a Lagoa de Óbidos
Temos nestes últimos tempos assistido a movimentações em torno da Lagoa de Óbidos no sentido de resolver as situações que a vão enfermando, ou pelo menos dar a aparência de que se resolve alguma coisa.
Depois de mais um conjunto de promessas, de passeios e de fotos de grupo, o que fica é nada ou quase nada e todos os dias a situação da Lagoa vai piorando e os alertas continuam.
A prática de “vista grossa” complementada por “remendo em cima do joelho” vai-se mantendo e nem os avisos sérios que a natureza tem lançado fazem surgir uma solução definitiva.
É caso para perguntarmos se a lagoa “banha” apenas as margens da freguesia da Foz do Arelho ou se a lagoa se resume à aberta.
O que tem sido apresentado parece ir neste sentido e a inércia dos responsáveis da freguesia do Nadadouro também não ajuda nada.
Assistimos já à assinatura de um protocolo entre as várias freguesias, que não passará de mais um documento com pouca substância, onde o essencial foi esquecido. As câmaras não necessitam apenas de auxílio mas igualmente de responsabilização, assim como os responsáveis do governo.
Não podemos continuar a apostar nos mesmos interlocutores, se esses interlocutores nada resolvem.
A ideia do MPN, já inscrita no programa eleitoral de 2009, visava a criação de uma associação entre as quatro freguesias que estão junto à lagoa, com o objectivo de defesa da Lagoa, contemplava ainda e de forma muito objectiva, a participação de todas as entidades que tenham relação com a Lagoa e que estudem esta questão, assim como da população das freguesias envolventes.
A associação teria ainda como objectivo principal o defender a Lagoa de uma forma mais activa e estabelecer contacto directo com instituições comunitárias e internacionais, pois para o MPN, este é um dos grandes constrangimentos para a actuação na lagoa, a falta de interesse em promover uma resolução de fundo para a situação deste recurso natural.
Obviamente se não existe, da parte das entidades nacionais e locais, um interesse sério em resolver o assunto, outras entidades deverão ser chamadas a intervir.
Não é necessário ser técnico para perceber que a natureza não se compadece do “atamanco” e a lagoa já se encarregou de mostrar isso por vezes demais, tudo à custa do erário público.
Continuamos sem vislumbrar um plano, com começo, meio e fim, um projecto integrado e de futuro para a Lagoa, assistimos apenas a “guerrilhas” sobre locais, remendos em horas de enchente e passeios eleitorais, nada mais.
Com remendos não resolvemos nada.

Movimento pelo Nadadouro