Espaço Saúde

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Vamos Comunicar

A relação da terapia da fala com o AVC

O AVC (Acidente Vascular Cerebral), segundo pesquisas, é tido como a segunda maior causa de morte no mundo.
O AVC, segundo o dicionário médico, é definido como uma manifestação, muitas vezes súbita, de insuficiência vascular do cérebro de origem arterial, que geralmente afecta a maioria idosa, porém, baseado em pesquisas, existe uma percentagem de 20% dos AVC’s que ocorrem em indivíduos abaixo dos 65 anos.


Independente da faixa etária das pessoas nas quais a doença se instala, apresentam como causas mais comuns que originam o AVC, situações como os trombos e o embolismo (Enfartes Cerebrais), hemorragia secundária ao aneurisma, anormalidades do desenvolvimento, hipertensão arterial, hemorragia cerebral, malformação dos vasos sanguíneos, tumores cerebrais, traumas e outras situações diversas.
Vale a pena ressaltar que a eficiência em prestar socorro à vítima de AVC é de grande importância, pois segundo estudiosos da área, a chegada ao médico até três horas após o início dos sintomas possibilita maior probabilidade. Quando tardio o atendimento, a possibilidade de cura sem sequelas vai depender da localização e do tamanho da área do cérebro que foi atingida.
Considerando o alto comprometimento das funções neuromuscular, motora, sensorial, perceptiva e cognitivo-comportamental, o terapeuta da fala irá proporcionar a reabilitação das funções comprometidas parcial ou totalmente, dependendo do grau de comprometimento da área afectada.
Quando a lesão é no Hemisfério Esquerdo (Hemiplegia Direita) ocorrem principalmente afasias (dificuldades em nomear pessoa e objectos), apraxias ideomotoras (dificuldades na realização de acções que não dependem de objecto – gestual – dificuldade na realização de gestos simbólicos ou acções sem propósitos, como mímicas ou simulação da utilização de objectos.) e ideacionais (inabilidade de concluir uma série de actos), alexia para números (incapacidade para ler números), dificuldade na discriminação direita/esquerda e lentidão na organização e desempenho.
Quando é no Hemisfério Direito (Hemiplegia Esquerda) ocorrem alterações viso espacial, auto negligência unilateral esquerda (uma limitação na habilidade de direccionar, responder, ou orientar-se frente a estímulos apresentados no lado oposto ao da lesão cerebral), alteração da imagem corporal, apraxia do vestuário (incapacidade de orientar peças de vestuário em relação ao corpo), ilusões de abreviamento de tempo e rápida construção e desempenho, entre outros.
Profissionais como médicos neurologistas, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, nutricionistas actuam intensamente em parceria com o terapeuta da fala, com o objectivo de adequar o mais breve as funções alteradas.
Cada paciente apresenta o seu próprio limite de resposta ao tratamento, limite esse que deve ser respeitado pelo profissional em parceria com a família.

Sandra Hespanhol
Terapeuta da Fala
Pós – Graduada em Intervenção Terapêutica Motora Oral e Facial
hespanholsandra@gmail.com