“Casamento” possível entre o CDS e o PSD

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Notícias das Caldas
D.R.

A maioria dos militantes do CDS das Caldas aprovou, numa reunião a 1 de Março, a possível coligação do seu partido com o PSD nas próximas eleições.
Até ao final deste mês o presidente da distrital do CDS, Manuel Isaac, quer este processo encerrado e durante a próxima semana o partido deverá reunir com responsáveis do PSD caldense. “O acordo vai depender de aceitarem ou não as nossas condições”, comentou.
Segundo o presidente do CDS das Caldas, Luís Braz Gil, a decisão foi tomada por maioria, com quatro votos contra, “mas não foram contabilizados os votos a favor”. A votação foi feita de braço no ar e Luís Braz Gil foi um dos militantes que se opôs à coligação.
O presidente entende que o partido tem vindo a crescer no concelho, tendo eleito um vereador e um presidente de junta (Santa Catarina) nas últimas eleições autárquicas, e seria agora o momento de “solidificar” a sua posição nas Caldas.

No entanto, aceita a opinião da maioria e estará solidário com o que for decidido pelos militantes. De tal forma que se irá recandidatar ao cargo nas eleições para a comissão política do CDS das Caldas, que deverão acontecer até ao final de Março.
Se o CDS avançar com a coligação com o PSD, Luís Braz Gil não irá aceitar qualquer lugar nas listas “em coerência com a minha posição”.
O deputado municipal Duarte Nuno deverá ser o escolhido para integrar uma eventual lista da coligação em lugar considerado elegível. Embora o nome ainda não esteja oficialmente aprovado, para Luís Braz Gil fará sentido que Duarte Nuno assuma esse lugar “pelo percurso como autarca e pelas suas qualificações”.
O candidato do PSD, Tinta Ferreira, já se mostrou disponível para uma coligação com o CDS. “Havendo essa vontade de ambas as partes, com certeza que chegaremos a um entendimento relativamente às questões de pormenor”, afirmou Tinta Ferreira. “Quanto mais abrangente for a nossa equipa, mais capacidade teremos de mobilizar a sociedade para fazer as coisas em conjunto”, entende.

2 COMENTÁRIOS

  1. Com o país em crise, e com o governo de direita, ultraliberal ou neofascista, as forças políticas caldenses temem que a contestação social se reflita nas urnas. Os caldenses deveriam optar por uma mudança. Entre outros assuntos, já se percebeu que a direita local defende o ensino privado (subsidiado com o dinheiro de todos os contribuintes) e alinha com o governo na destruição da escola pública.
    É uma boa altura para a mudança de política. Não votem na direita clientelista e corrupta.