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O CDS-PP deverá fazer uma coligação com o PSD para as próximas eleições autárquicas nas Caldas da Rainha. Em entrevista ao Jornal de Leiria, o caldense Manuel Isaac, presidente da distrital do CDS-PP confirmou a disponibilidade do seu partido, mas a decisão final estava ainda dependente de quem for o candidato à Câmara.
Manuel Isaac disse identificar-se com Tinta Ferreira, que entretanto foi confirmado como o candidato, mas a inclusão de Hugo Oliveira na lista à Câmara poderá causar entraves à coligação.
No caso do partido concorrer sozinho, Manuel Isaac assume-se como o candidato à Câmara, mas se os dois partidos se coligarem só estará disponível para a Assembleia Municipal.
Certo é que Manuel Isaac garante que nunca se coligaria com o PSD se o candidato ainda fosse Fernando Costa. “Com os nosso feitios, nunca conseguiríamos trabalhar bem”, afirmou.
A primeira questão colocada a Manuel Isaac foi exactamente sobre o balanço de Fernando Costa enquanto presidente da Câmara das Caldas. O vereador do CDS-PP na autarquia responde que este pode ter tido uma boa gestão financeira, mas isso não significa que tenha sido uma boa gestão para o município. “Podemos ter impostos e água com preços mais baratos, mas, durante estes 27 anos, não se encontrou um rumo para a cidade”, disse.
Para Manuel Isaac a cidade tem de apostar na vertente turística e termal “para depois se reafirmar no campo comercial”. O autarca critica o facto de ser passado de um termalismo de referência para “um termalismo de falência”. Na sua opinião, apesar das responsabilidades dos sucessivos governos “a câmara podia e devia ter tido um papel mais activo”. Por isso, entende que se a rainha D. Leonor voltasse agora às Caldas “dava uns grandes tabefes a esta gente que fala, fala e nada faz”.
Questionado directamente se as termas podem ser entregues a privados, respondeu que “a gestão deve ser assegurada por quem garantir um bom trabalho” e lembrou que esta é a única estrutura do gênero que faz parte do Ministério da Saúde.
Manuel Isaac criticou nomeação de Franquelim Alves
Sem querer fazer uma análise sobre a coligação do CDS e do PSD no governo, Manuel Isaac assumiu uma crítica quanto à nomeação de Franquelim Alves, ex-administrador do BPN, como secretário de Estado.
“O governo está de pedra e cal. Mas há coisas menos boas e episódios que podiam ser evitados”, comentou.
Um desses “episódios” é o desta nomeação. “Tudo o que está ligado ao BPN e à SLN é de evitar. Acredito que a pessoa em causa seja muito competente, até pelo currículo que tem. Mas não podemos esquecer que esse senhor foi chamado a prestar declarações na Assembleia da República e admitiu determinadas coisas”, referiu.
Entende que esta nomeação foi um erro e que “não havia necessidade”.
