A Semana do Zé Povinho

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Nas Cnotícias das Caldasaldas da Rainha não é fácil ter uma iniciativa consensual, que logo por razões várias, logo suscita atritos, invejas e polémicas, muitas vezes por razões de somenos importância.
Poderá ter sido o que aconteceu com a iniciativa da Confraria do Príapo lançada em Abril de 2008, não contando para Zé Povinho neste momento buscar quem teve razão ou quem foi responsável pelas primeiras divergências que levaram à paralisia.

Agora que a Confraria parece retomar o seu curso, sob a dinâmica de um grupo de caldenses que vai tentar reanimar o projecto, Zé Povinho quer dar uma força e estimular os novos responsáveis para que não se percam pelos detalhes e apostem em promover didáctica e modernamente um tema que tem dimensão nacional e até internacional.
Fazê-lo de forma culta e popular, dado o carácter que o símbolo caldense tem junto da opinião pública, é fundamental para dar-lhe sustentabilidade e credibilidade, sendo um bom começo lançar um concurso à “cidade criativa” caldense para criar a sua imagem.
Num país em que há confrarias para tudo e para nada, esta, dedicada ao símbolo mais irónico e às vezes mais brejeiro, poderá ser uma boa oportunidade para criar um espaço de consenso local com projecção fora de portas. O Dr. Edgar Ximenes, em nome de toda a equipa que o quer fazer, merece o incentivo de Zé Povinho.

notícias das CaldasO Álvaro de Vancouver regressou a Portugal disposto a fazer cortes e a tomar medidas impopulares porque, segundo ele próprio diz, “o país não vive tempos normais”. Não há dinheiro. Ponto.
Zé Povinho – que nasceu num momento de profunda crise nacional da qual ainda se recorda – não é insensível à situação que Portugal atravessa, e até compreende muitas das medidas de austeridade. Mas acha que o Álvaro não tem de ser “mais papista do que o Papa” e deve jogar no equilíbrio porque cortar a direito só empobrece os portugueses e não cria condições para que algum dia haja desenvolvimento económico sustentável.
Posto isto, Zé Povinho, por hipótese, até daria de barato que a medida de encerrar a linha do Oeste ao serviço de passageiros a norte das Caldas da Rainha poderia ser uma medida correcta. O problema é que a mesma não é justificada nem suportada por qualquer estudo conhecido.
E isto é tanto mais grave quanto o próprio ministro Álvaro, na casa da Democracia (a Assembleia da República), não responde às legítimas perguntas dos deputados na Comissão Parlamentar das Obras Públicas e Transportes. O governante não explicou porque fecha esta e outras linhas férreas do país. Não disse quanto é que se vai poupar, não falou nas concessões rodoviárias alternativas, não fundamentou com números o impacto económico, financeiro, social e ambiental de amputar 600 quilómetros à rede ferroviária nacional.
Afinal quanto é que o país ganha se os oestinos perderem a sua linha do Oeste? O Álvaro – o autor do livro “Portugal na Hora da Verdade, que lhe deu o passaporte para o governo – não respondeu. E remeteu para um estudo que ainda há-se ser concluído. “Primeiro tomam as decisões e depois é que fazem os estudos”, disse, e com razão, uma deputada.
Zé Povinho, zangado, lamenta estas medidas sem qualquer fundamentação e esta falta de transparência de Sua Excelência o senhor ministro Professor Doutor Álvaro Santos Pereira. Essa do “Álvaro” que fique para os amigos…