Aprender línguas estrangeiras – CCLS – Cultural Center for Language Studies “Hoje em dia o conhecimento de línguas faz a diferença”

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FotoCCLSDaniel Martins, de 30 anos, é serralheiro e está à procura de um novo emprego. O seu destino de eleição é o Reino Unido ou qualquer país do norte da Europa, para onde não antevê qualquer dificuldade em comunicar pois fala inglês fluentemente.
Natural de Figueiros, Cadaval, o jovem frequentou o CCLS – Cultural Center for Language Studies entre 2009 e 2011 “por considerar necessário”, pois já então sonhava ir para o estrangeiro. Na altura estava a tirar formações em soldadura no Cenfim e a sua paixão pelas guitarras e bicicletas, especialmente o BTT, levaram a que melhorasse o inglês para assim poder ler as revistas estrangeiras dessa área.
Sobre esta escola de línguas caldense destaca o método de ensino utilizado e a camaradagem entre os alunos e com os próprios professores. Durante o tempo que lá esteve, teve ainda oportunidade de fazer uma viagem cultural a Londres, cidade à qual haveria de voltar, em 2012, e onde viveu durante dois meses.
Quando chegou sentiu que “estava em casa” pois não teve qualquer dificuldade com a língua e, inclusivamente, foi já por terras de Sua Majestade que fez o currículo com que depois foi procurar emprego. Na parte final da sua estadia, “e quando o dinheiro já se estava a acabar”, conseguiu arranjar trabalho por duas semanas. No entanto, a “falta de qualidade” com que trabalham algumas empresas desmotivaram-no e regressou a Portugal. Agora quer voltar a sair para climas “mais frescos” e tem enviado currículos para o Reino Unido.
Daniel Martins tem família na Alemanha e também eles já estão atentos às possibilidades que possam existir naquele país, pelo que o jovem não descarta a possibilidade de voltar a ter aulas, desta vez de alemão, no CCLS. “Nos dias de hoje acho que é muito importante ter conhecimento de línguas pois isso faz a diferença”, diz Daniel Martins, incentivando os jovens a investir tanto nesta área como na formação.

Método e ensino e materiais próprios

Fundado em Miami em 1961, o CCLS chegou às Caldas da Rainha em 1992. Esta foi, aliás, a primeira abertura a nível mundial, fora do continente americano.
A escolha da cidade, há 22 anos, teve por base o facto desta não ser um grande centro urbano e por ainda ser carente nesta área das escolas de línguas. No início a procura era essencialmente para ajudar os jovens a “tirar positiva” à disciplina de Inglês na escola, enquanto que depois passou a haver uma aposta mais forte na formação numa segunda língua, acrescida, nos últimos tempos, com as dificuldades de emprego e a procura de novas oportunidades no estrangeiro.
O CCLS dá formação a crianças desde os quatro anos e, de acordo com o responsável pela escola, Ricardo Vasconcelos, no final do 12º ano o aluno está fluente nesta língua.
Actualmente e por causa da emigração, o alemão está também a ter mais procura. Ricardo Vasconcelos diz que ensino da língua germânica é feito há quatro anos e actualmente representa cerca de 30% da procura de cursos na escola.
A procura de trabalho fora do país é, aliás, um dos grandes motivos pelo qual, sobretudo os jovens, aperfeiçoam uma língua estrangeira. De acordo com o responsável, cerca de 30% dos seus alunos já emigraram, sobretudo profissionais das áreas da enfermagem e da aviação.
O CCLS tem um método de ensino e materiais próprios, que são utilizados em mais de 850 escolas em diversos países. Prezam aulas dinâmicas e têm um limite de 10 alunos por turma, de modo a que possa haver um acompanhamento mais personalizado por parte do professor.

Fátima Ferreira
fferreira@gazetadascaldas.pt