Caixa de inspecção aberta motiva queixa de morador nas Trabalhias

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Artur Piedade faz notar quea caixa de visita que se encontra aberta está em frente a uma passadeira e ao lado de uma paragem de autocarros | ISAQUE VICENTE

Gazeta das Caldas foi alertada para uma caixa de inspecção (ou caixa de visita) que se encontra aberta nas Trabalhias (Salir de Matos). Estas são caixas de cimento colocadas no chão, com pouco mais de um metro de profundidade e que têm como objectivo acumular os detritos das águas das manilhas, permitindo que estas não entupam.
Artur Piedade, das Trabalhias, contou que caiu numa dessas caixas e pede uma solução para evitar futuros acidentes. A Junta de Freguesia já está a tratar da resolução deste problema.

No dia 14 de Julho Artur Piedade deslocou-se ao terreno de um familiar, também nas Trabalhias, para trocar uma alfaia de tractor. “Engatei a alfaia e, quando dei um passo atrás para ir buscar uma cavilha ao tractor, o pé caiu no buraco e eu desequilibrei-me e bati com as costelas no cimento”, contou Artur Piedade, explicando que a referida caixa de visita se encontra “à frente de uma passadeira e ao lado de uma paragem de autocarros que recebe crianças”.
Deslocou-se ao posto de saúde da freguesia, “onde me disseram que era  só magoado, mas como, quatro dias depois, ainda me doía, fui ao hospital das Caldas, onde fiz um raio-X”. Foi então que soube que tinha partido duas costelas do lado direito.
A caixa tem mais de um metro de profundidade, o que leva Artur Piedade a perguntar: “e se fosse uma criança? E se eu tivesse batido com a cabeça?”
Gazeta das Caldas questionou Rui Jacinto, presidente da Junta de Freguesia de Salir de Matos, que disse que esta situação “está a ser resolvida”. Apesar de “esta não ser uma responsabilidade da Junta”, o autarca afirmou que já tinha “um funcionário a fazer tampas para caixas dessas porque como estas haverão centenas”.
Rui Jacinto fez ainda notar que estas caixas terão sido construídas há 30 anos, que “nunca tinha havido uma queixa sobre esta situação e que não se tratou de um caso de um transeunte que ia a passar por ali e que caiu”, ou seja, este problema não representava um perigo público para quem por ali passasse.