Chefes dão dicas de culinária económica

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Gazeta das Caldas
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DSC_0028O Contrato Local de Desenvolvimento Social (CLDS) da Santa Casa da Misericórdia das Caldas da Rainha desenvolveu um projecto, juntamente com a Escola de Hotelaria e Turismo do Oeste (EHTO) de culinária económica para pessoas carenciadas.
A iniciativa, composta por três workshops, terminou no passado dia 14 de Maio nas instalações do centro, no ex-pólo da Católica, com uma refeição conjunta, onde foram mais uma vez utilizados os produtos da horta social ali existente.

Uma paella gigante confeccionada com os pimentos e ervilhas da horta social da Misericórdia das Caldas foi o culminar da formação de culinária económica. Tratou-se da última receita desta formação e, desta vez, foi confeccionada pela chefe Paula Domingues e alunos da EHTO, e não pelos participantes, como aconteceu nos workshops anteriores.
Desengane-se quem pensa que a paella é um prato caro. Esta receita, feita à base de arroz, pimentos, ervilhas, lulas e peito de frango e peru, tem um custo de três euros por pessoa. “O que encarece o prato é juntarmos camarão”, explicou a chefe, revelando que este é também um prato fácil de confeccionar.
Nas duas formações que decorreram em Março e Abril, os participantes aprenderam a cozinhar sopas, saladas, sandes, massas e os respectivos molhos para acompanhar. Em todas as receitas realizadas foram utilizados os ingredientes disponíveis na horta social.
Este projecto surgiu no âmbito do CLDS – Contrato Local de Desenvolvimento Social da Misericórdia caldense com o objectivo de ensinar as pessoas que recebem o cabaz alimentar ou que possuem um talhão na horta social a cozinhar pratos variados e nutritivos. “A ideia é que os clientes possam rentabilizar os poucos recursos alimentares que têm”, disse Gabriela Galeão, psicóloga e responsável pela formação de gestão doméstica do CLDS.
O repto foi bem acolhido pela EHTO, que disponibilizou a formação técnica a título gratuito.
“Estamos a dar um contributo à economia social e a ajudar uma instituição que ajuda as outras pessoas”, disse o director da escola, Daniel Pinto, referindo-se ao trabalho desenvolvido pela Misericórdia. Referiu ainda que também na alta cozinha os restaurantes têm a sua própria horta onde produzem muitos dos seus produtos.
A EHTO poderá seguir essa tendência. “Queremos criar uma horta no próximo ano e incutir nos nossos alunos a ideia de ter uma produção própria e sua posterior utilização”, revelou.
Ambas as entidades estão também dispostas a continuar com este projecto, até porque há mais pessoas com necessidades e que podem ser integradas nestas formações.

Horta social aproveitada por 10 famílias

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Actualmente há 10 famílias a usufruir da horta social da Misericórdia das Caldas, cada uma explorando um talhão do terreno das instalações do ex-pólo da Universidade Católica.
O centro de recursos comunitário disponibiliza todo o material necessário, como sementes, utensílios e água para rega.
“Cada família tem uma chave do exterior para não estarem condicionados pelo horário do centro e, desta forma, podem vir ao fim de semana e fora do horário de trabalho”, explicou Gabriela Galeão.
A outra parte da horta é utilizada pela cantina social nas 184 refeições que disponibiliza diariamente. E são os utentes desta valência que fazem a manutenção do espaço.
“Temos esta horta graças a eles, que plantam, regam e apanham os produtos”, afirma a responsável, acrescentando que a plantação é suficientemente grande e que tentam ter especialmente de produtos que possam ser usados na cantina, como couves, bróculos, pepino ou alface.

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