Este ano o número de alunos nos dois concelhos sofreu um ligeiro decréscimo, na ordem de 1,5%, o que significa um abrandamento da quebra do número de jovens em idade escolar. É que, há um ano, o número de alunos na região tinha diminuído 2,3%. O Colégio Rainha D. Leonor continua a ser o mais afectado com a diminuição de alunos, enquanto o Agrupamento de Escolas Raul Proença foi o que mais cresceu.
Há ainda a destacar o ensino profissional que, incluindo as escolas profissionais, ultrapassou o número de alunos que optam pelo ensino secundário regular.
No conjunto de todos os estabelecimentos de ensino que têm a partir do 1º ciclo e cujos dados Gazeta das Caldas teve acesso, há apenas um aluno a menos em relação ao ano passado nos concelhos de Caldas e Óbidos. Porém, este dado não significa que esteja estancada a quebra de natalidade que tem vindo a fazer decrescer o número de crianças e jovens nas escolas. Este ano juntámos a esta estatística o Centro Social e Paroquial das Caldas da Rainha, que disponibiliza ensino pré-escolar e do 1º ciclo, pelo que se descontarmos os 145 utentes deste estabelecimento, significa que houve um decréscimo de 1,5% na população em idade escolar nos concelhos das Caldas da Rainha e Óbidos. Mesmo assim, um decréscimo menor que o verificado há um ano, que foi de 2,3%.
Os números deste ano voltam a não incluir o Colégio Frei Cristóvão que, pelo terceiro ano consecutivo, não disponibilizou os seus dados.
A instituição de ensino que mais alunos perdeu nos concelhos de Caldas e Óbidos foi o Colégio Rainha D. Leonor (CRDL), que este ano lectivo terá menos 36% de alunos que no anterior, e menos 54,7% em relação a 2015/16. É sobretudo a partir do 2º ciclo que o Colégio perde mais estudantes. No entanto, o Colégio subiu cerca de 34% na lotação dos cursos do ensino profissional, nos quais abriu mais uma turma.
No sentido inverso, o agrupamento que inscreveu mais alunos foi o Raul Proença, com 2700 no total. É também o agrupamento que mais cresceu: 5% em relação ao ano lectivo passado, por influência do aumento de inscrições no 2º ciclo (24%) e no 3º ciclo (15%). Este agrupamento teve aumentos ligeiros no 1º ciclo e no secundário, mas perdeu 19,4% de alunos no pré-escolar.
Nos agrupamentos Rafael Bordalo Pinheiro e D. João II o número de estudantes é idêntico ao do ano passado. O primeiro ganhou alunos no secundário, no profissional e no 3º ciclo, mas perdeu nos restantes, ficando com mais 18 alunos que no ano lectivo passado. O segundo ganhou no 1º e no 3º ciclos e perdeu no pré-escolar e no 2º ciclo, mas ficou com o mesmo número de alunos que em 2016/17.
Em Óbidos, o número total de alunos inscritos no Agrupamento Josefa de Óbidos decresceu 4,3%. Foi sobretudo no 3º ciclo e no pré-escolar que esta quebra se sentiu, embora este agrupamento tenha ganho alunos no secundário e no 1º ciclo.
Nas instituições privadas que têm ambas as valências de ensino pré-escolar e 1º ciclo – além do CRDL –, a Infancoop cedeu o primeiro lugar entre as escolhas dos pais para o Centro Social e Paroquial das Caldas da Rainha, que tem no total 145 crianças. A Infancoop sofreu um decréscimo no número de alunos (de 169 para 131), o que se sentiu sobretudo na valência de jardim de infância, na qual mantém as quatro salas, mas com menos 22 crianças.
ENSINO PROFISSIONAL SUPERA O SECUNDÁRIO
Os estabelecimentos que se dedicam por inteiro ao ensino profissional representam 8,5% do total de alunos inscritos nas Caldas e em Óbidos. A ETEO continua a ser a escola com mais alunos nos cursos profissionais, seguida da Escola de Hotelaria e Turismo, o Cencal e depois o Cenfim.
Os 817 inscritos nestes quatro estabelecimentos acrescidos aos inscritos nos agrupamentos de escolas elevam para mais de 1.450 os alunos que optaram pelo ensino profissional, o que representa um aumento de 8,5% em relação ao último ano escolar.
Esta subida permitiu inverter os pratos da balança em relação aos alunos que optam entre o ensino secundário e o profissional. Se no ano escolar anterior o ensino regular era o mais escolhido, numa proporção de 51,5% para 48,5%, no ano que agora começou o profissional foi o mais escolhido, com uma proporção de 51,6% para 48,4%.
Escolas adaptam programas curriculares
No Colégio Rainha D. Leonor passa a existir uma nova academia de Ciências Experimentais no ensino pré-escolar. No 1.º Ciclo, a Programação e Robótica passa a fazer parte do programa curricular, enquanto o inglês foi reforçado de uma hora para duas semanais. Às actividades extra curriculares que já existiam, juntou-se uma nova de jogos tradicionais e populares.
As crianças do pré-escolar e do 1º ciclo vão também ter acesso a um novo programa de Mindfulness (atenção plena), desenvolvido em parceria com a Clínica Children’s.
No 7.º ano, a novidade na oferta de escola é a disciplina de Tecnologias Empreendedoras, onde os alunos vão aprender a construir aplicações informáticas e a editar vídeos, entre outras competências digitais.
No Centro Social e Paroquial das Caldas da Rainha foi lançado este ano o programa Pequenos Inventores, no qual é abrangida a programação, a electrónica, a robótica, o design, ferramentas de prototipagem rápida, animação, entre outras. Despertar a sua curiosidade pela criação e a procura do conhecimento, assim como criar neles a confiança de que são capazes de criar e tornar a sua imaginação realidade, é o objectivo deste programa.
Os alunos desta instituição têm também acesso a um novo programa de meditação, intitulado Meditar a Brincar, no qual aprendem a usar a lógica de forma tranquila. Este programa será desenvolvido em ambiente de aula e em actividade extra-curricular.
Na Infancoop, passam a fazer parte dos programas extra curriculares o ensino do xadrez e o yoga.
Na ETEO, este ano foi reaberto o curso de Técnico de Termalismo, que tem como objectivo preparar profissionais para o processo terapêutico termal nas suas diversas aplicações – prevenção, cura e reabilitação, intervindo na ótica da promoção da saúde e do bem estar.
Esta escola profissional tem um novo curso de Técnico de Comunicação e Serviço Digital, que visa preparar profissionais para as áreas comerciais e de apoio ao cliente, em call center, ou em serviços digitais. E o curso dirigido às energias renováveis tem agora como nome Técnico Instalador de Sistemas Térmicos de Energias Renováveis.
Na Escola de Hotelaria e Turismo do Oeste o director Daniel Pinto disse à Gazeta das Caldas que o grande desafio será tentar trazer para as Caldas o programa Tourism Creative Factory de desenvolvimento ao empreendedorismo.
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