Feira de S. Bernardo promoveu a Maçã de Alcobaça

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Feira de S. Bernardo voltou a atrair milhares ao Rossio e à Cova da Onça, com recinto alargado para a Festa da Maçã

A Feira de S. Bernardo, em Alcobaça, registou mais um ano de sucesso, com cinco concertos que encheram o Rossio, tasquinhas das associações e coletividades do concelho muito movimentadas e a novidade da Festa da Maçã, com o chefe do executivo municipal, Hermínio Rodrigues, a afirmar que, “nestes dias, sente-se a felicidade das gentes de Alcobaça e de quem passa pela cidade”. Segundo o autarca foram entre “70 e 100 mil pessoas”, em cada dia (de sexta a domingo). O orçamento deste ano “ultrapassa os 400 mil euros”, explicou.
Devido à Festa da Maçã, o recinto da feira foi alargado, com uma estrada pintada a verde que conduzia a um antigo pavilhão agrícola pertencente à quinta da família Raposo de Magalhães, cedido à Câmara sob regime de contrato de comodato.
Cerca de 40 empresas, entre produtoras de fruta, de compotas, de doçaria e de bebidas, marcaram presença na Festa da Maçã, com produtos a evocar esta marca coletiva que abrange 500 famílias de produtores e 22 embaladores da região Oeste.
Uma maçã de Alcobaça gigante, junto à qual se lia, numa placa, “Maior Maçã do Mundo”, foi colocada no recinto exterior. “Hoje, é já uma marca identitária do concelho, que leva o nome de Alcobaça a todo o país e não só”, porque a maçã “é exportada para vários países do mundo”, referiu o presidente da Câmara, acrescentando que “a produção está a ser excelente, este ano”, ao passo que a de pera registou uma “quebra superior a 40%”, devido às altas temperaturas.
Realizaram-se showcookings e as empresas venderam ou estiveram a dar a conhecer o seu produto. “Já estamos no terceiro dia e tem sido bastante positivo. É certo que é um evento que está pela primeira vez a realizar-se, há muitas pessoas que não conhecem, mas, mesmo assim, teve uma grande adesão e considero que é um evento a repetir”, comentou Sandra Almeida, da Desidrata, empresa alcobacense produtora de pera e de maçã verde e vermelha e que também produz e comercializa frutas e legumes ressequidos.
Já Tânia Ramos, dos Doces da Carla (de quem é nora), empresa familiar com fábrica no Casal dos Ramos, Cela, onde possuem um balcão, a que se soma o café na Rua D. Frei Estêvão Martins, junto ao Posto dos CTT da Praça do Mosteiro de Alcobaça, também se mostrou satisfeita com o evento, apesar de referir que “algumas pessoas queixam-se que não sabiam que a festa estava aqui, porque está um bocadinho mais afastado”. Não sendo a maçã o “forte” da empresa, esta apresentou uma oferta diversificada, que incluiu os famosos pampilhos, cujo doce de ovo, criado por Carla, foi substituído por um de maçã. Mas também pastéis de nata com pedaços deste fruto, cornucópias com doce de maçã, entre muitos outros. “São bolos que fazemos mais ocasionalmente, mas têm vindo pessoas que já conhecem, por exemplo, o nosso pampilho ou o pastel de nata, e que agora provam os de maçã e dizem que isto devia ser mesmo para continuar”. A verdade é que, aquando do fecho do pavilhão, a vitrine estava praticamente vazia. “Hoje foi o melhor dia”, afirmou, no domingo, dia 20.
A Lemos Figueiredo já é presença “assídua” no certame. Teve uma banca de granizados de maçã e de morango, muito elogiados, no pavilhão da Festa da Maçã, uma carrinha do Gin Casanova feito com maçã de Alcobaça, e uma casinha junto à tenda das tasquinhas com a Ginja de Alcobaça. “Consideramos que a inovação que houve este ano foi um passo em frente para a valorização da Feira de S. Bernardo”, afirmou o proprietário, Salomão Figueiredo. “Os concertos arrastam muita gente, como foi o caso de hoje”, rematou.
À questão acerca da continuidade da nova iniciativa, Hermínio Rodrigues respondeu que a mesma “merecerá a devida ponderação após o fim da presente edição”. Além disso, “não houve variação significativa no número de coletividades presentes na Feira. Tentamos ao máximo ter todas as freguesias do concelho de Alcobaça representadas”, afirmou.
No Rossio, a música foi dada pelos Calema , Wet Bed Gang, Os Quatro e Meia, Xutos & Pontapés e Ivandro. Realizou-se ainda o 1.º Troféu “Cidade de Alcobaça” em Ciclismo e a já habitual Alcobaça Equestre. Muito próximo da Festa da Maçã esteve a Exposição Itinerante “Cutelaria: Tradição e modernidade na arte da inovação do aço”. ■

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