Freguesias de Sto. Onofre e Serra do Bouro querem conhecer os seus estrangeiros

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Jorge Varela quer maior interacção entre os seus fregueses e a comunidade estrangeira
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A União de Freguesias de Santo Onofre e Serra do Bouro lançou um projecto para conhecer os estrangeiros que residem nestas duas freguesias. O objectivo do projecto piloto (que poderá ser replicado a uma escala maior) é perceber quais as necessidades de cada comunidade no processo de integração. A autarquia investiu 2500 euros neste projecto.

União de Freguesias de Santo Onofre e Serra do Bouro lançou recentemente um projecto que visa reunir dados sócio-económicos sobre os estrangeiros que residem nesta área geográfica.
O objectivo é conhecer as várias comunidades para perceber quais as suas necessidades e dificuldades em termos de integração, bem como as barreiras que encontram no dia-a-dia, a fim de se poder depois agilizar processos.
Jorge Varela, presidente da união de freguesias, explicou à Gazeta das Caldas que este projecto permite passar a ter um conhecimento mais profundo desta realidade, em vez de se ter apenas a ideia que fica ao passar na rua. “Penso que temos muitas nacionalidades a residir na freguesia e ainda bem”, refere o autarca. “E também tenho ideia que os caldenses sabem receber, mas isso é do ponto de vista de um caldense e preciso de saber se do ponto de vista de quem chega, as pessoas também sentem isso”, salientou.
Nesta primeira fase, que dura nove meses, o técnico Ricardo Gomes irá recolher informação de várias fontes, partindo da própria união de freguesias. Depois irá contactar embaixadas e consulados para poder traçar a Carta de Freguesia das Comunidades, que é uma radiografia com o perfil de cada comunidade, com informações como as idades, profissões ou números de filhos.
Será então lançado o Conselho Local das Comunidades, que pretende ser um fórum das comunidades com parceiros institucionais. Este conselho está pensado para ter um espaço físico, “de encontro regular, onde o executivo escutará e proporá um conjunto de actividades sócio lúdicas”, diz Jorge Varela. “Daqui a um ano ou dois gostava de fazer um festival gastronómico com comidas de cada uma das nacionalidades, ou um festival cultural com danças e músicas de cada país”, prosseguiu.
O projecto é uma experiência pioneira a este nível de freguesias e poderá posteriormente ser alargado à área urbana ou ao resto do concelho.

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