O Ministério Público acusou um homem, de 53 anos, de 19 crimes de abuso sexual agravados sobre uma menor, neta da sua companheira, factos que decorreram ao longo de três anos na região Oeste. A situação foi sinalizada em março deste ano pela escola, quando a criança se começou a autoflagelar.
Segundo a acusação deduzida no final de setembro, noticiada pela agência Lusa, a vítima não só o “tratava por avô”, como também existiam “laços de afeto e de confiança” entre ambos. A criança ficava na casa dos avós para a mãe ir trabalhar e, por diversas vezes, era o homem que a ia buscar à escola.
“Fruto da relação familiar e do convívio que com a mesma mantinha, bem como do facto de ser o arguido quem a transportava da escola para a residência do arguido, local onde permanecia diversas horas aos seus cuidados e do seu agregado familiar, o arguido decidiu tirar proveito desta situação para praticar [com a criança] atos sexuais e, deste modo, satisfazer os seus instintos libidinosos, situação que ocorreu desde os seis aos nove anos” da criança, enquanto esta frequentou o primeiro ciclo do ensino básico, lê-se na acusação citada pela Lusa.
O arguido terá abusado da criança um “número indeterminado de vezes”, pedindo-lhe para “não contar a ninguém”, o que a aquela acatava por “receio que não acreditassem em si e que desestabilizasse a família”.
Em março deste ano, com 9 anos de idade, a criança “começou a autoinfligir golpes no corpo… provocando ferimentos, nomeadamente no seu braço esquerdo” e ” revelou os crimes sofridos em contexto escolar, tendo a escola comunicado imediatamente a situação à Polícia Judiciária”, informou na altura fonte policial.
No final desse mês, o agressor foi detido pela Polícia Judiciária e encontra-se desde essa altura preso preventivamente a aguardar julgamento no Estabelecimento Prisional de Lisboa.
O Ministério Público tem a decorrer prazo para eventual abertura da Instrução, seguindo o caso para julgamento se tal não vier a acontecer.






























