Moto for Peace fez caminho de Roma a Santiago

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Nas Caldas a comitiva da Moto for Peace foi recebida na Câmara

Motards percorreram mais de 12 mil quilómetros. Caldense Rogério Coelho integra o grupo

A associação Moto For Peace voltou a fazer uma peregrinação a Santiago de Compostela de mota e a comitiva passou pelas Caldas, tendo sido recebida na Câmara. Foram cerca de 12 mil e 200 quilómetros percorridos, num caminho iniciado por 12 motards, em Roma (Itália), que passou pela Eslovénia, Áustria, República Checa, Alemanha, Bélgica, Luxemburgo, França, Portugal e Espanha, onde o convívio final juntou 200 pessoas. O objetivo era “documentar e apoiar as missões católicas realizadas ao longo da rota e divulgar a mensagem do Xacobeo 2022 como destino turístico e comercial”, esclareceram os motards.
A Moto for Peace existe há cerca de duas décadas e tem a sua génese noutra associação, a Peace for the People. É composta por oficiais da Polícia do Estado Italiano, a “Polizia”, e foi criada para concretizar objetivos humanitários através de expedições de mota. O caldense Rogério Coelho é o único português que integra a associação e saiu das Caldas em direção a Roma para fazer, não os 12 mil quilómetros da rota, mas cerca de 15 mil, porque teve de voltar a Portugal em certas etapas do percurso. À Gazeta contou que a ideia inicial era partirem do Japão até Santiago, mas que, devido à guerra na Ucrânia, se viram obrigados a mudar de planos. Entre várias histórias e peripécias da aventura, Rogério Coelho recorda os muitos curiosos que lhes perguntaram os objetivos da missão durante a viagem. “Gostava que mais portugueses se juntassem à Moto for Peace”, afirma. No próximo ano, a associação deverá fazer uma viagem com 20 motards pelos caminhos da América da Sul, uma rota que iniciaram antes da pandemia, mas que foi interrompida. Entretanto, a 12 de junho, chegaram a Santiago os nove ciclistas do grupo dos Amigos do Patareco, que fizeram a peregrinação, a pedalar. O grupo saiu de Santa Catarina e, durante quatro dias, pedalou mais de 500 quilómetros. No último dia, uma etapa “curta”, de 78 quilómetros, desde Pontevedra, registou-se um problema mecânico, prontamente resolvido. À chegada a Santiago, num “momento emocionante”, encontraram na praça em frente à catedral “centenas de peregrinos a colorir o espaço, muitos ciclistas, e a certificar as credenciais do Caminho”. Depois das fotografias, o grupo regressou, mas aí já de carrinha! ■