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O popular cantor António Calvário actua hoje nos Pimpões, com Natalina José, numa revista à portuguesa justamente intitulada Volt’a Portugal em Revista. O espectáculo, que começa às 21h30, foi o pretexto para uma curta entrevista que o cantor deu à Gazeta das Caldas onde refere que a sua grande paixão é a própria carreira, que já soma 60 anos.
GAZETA DAS CALDAS: Como explica o facto de continuar a ser uma figura conhecida da música ligeira tantos anos depois de iniciar a sua carreira?
ANTÓNIO CALVÁRIO: Eu penso que está ligado ao facto de me manter em atividade sempre e nunca ter estado afastado. Com concertos próprios, integrado em revistas ou com participações na televisão tenho aparecido sempre. Ainda agora actuei na abertura do Festival da Canção com a Oração numa nova roupagem. O público não me deixou também porque penso nunca o ter desiludido.
GC: Qual é a sua maior paixão?
AC: A minha maior paixão é a carreira que abracei e os mais de 60 anos de cantigas. Vivi para a família e para o público.
GC: Já actuou nas Caldas da Rainha? Lembra-se onde?
AC: Sim. Já atuei no antigo cinema com o meu filme O Diabo Era Outro e em algumas coletividades do concelho, integrando espetáculos de revista à portuguesa.
GC: Aos 80 anos trabalha por gosto ou por necessidade?
AC: Porque gosto. Tenho o meu pé de meia, mas enquanto o público me quiser e acarinhar eu não o deixo. Aliás isso acontece sempre e sou sempre recebido com enorme carinho.
GC: A revista à portuguesa tem futuro? Haverá espectadores nas novas gerações?
AC: Sim, tem futuro. Por exemplo, os autores desta revista que vamos apresentar nos Pimpões são quatro jovens, o elenco tem jovens actores de grande talento e entre o público temos sempre muitos jovens. O público sénior gosta de revista e recorda-se dos tempos antigos, mas os mais novos descobrem a revista e adoram.
