Mestra irá destacar a cerâmica no Parque

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O espaço de Galeria do Posto de Turismo esteve composto para assistir à apresentação da Mestra
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Autarquia investe 89 mil euros para melhorar a Mestra, evento de celebração da cerâmica que contará com ceramistas nacionais e internacionais

Entre os dias 20 e 22 de junho, a terceira edição da MESTRA – Mostra Mercado da Cerâmica, vai regressar ao Parque D. Carlos I após o interregno de 2023, ano em que a cidade das Caldas, em conjunto com Alcobaça, acolheu o Congresso da Academia Internacional de Cerâmica.

Durante três dias, o Parque D. Carlos I acolhe o evento dedicado à cerâmica portuguesa e que vai reunir artesãos, artistas e designers. Neste momento já há 41 artesãos inscritos.
No evento, cuja programação foi apresentada a 22 de maio, no Posto de Turismo, a vereadora da Cultura, Conceição Henriques, explicou que esta Mestra é herdeira das anteriores Feiras de Cerâmica de grande impacto, cujo formato “já não é o ajustado para os dias de hoje”. Estas feiras possuíam “um forte pendor industrial”e a parte artesanal “era residual”.

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Pretende-se pois que o novo evento possa “valorizar a cerâmica de autor e colocar os criadores em diálogo com o público”, disse a vereadora acrescentando que o evento reforça a sua dimensão nacional ao convidar ceramistas dos municípios que integram a Associação Portuguesa de Cidades e Vilas de Cerâmica (AptCVC). Desta forma será também uma oportunidade de promover o intercâmbio entre autores de várias regiões. As inscrições para a mostra estão abertas até amanhã, 30 de maio, (através do e-mail turismo@mcr.pt).
Além das presenças de autores nacionais, será a primeira vez que o evento contará com autores internacionais, oriundos da cidade de cerâmica italiana, Deruta com a qual Caldas fez uma geminação há dois anos.

A Mestra terá um programa de mediação cultural que incentiva o diálogo entre criadores, visitantes e residentes. O público infanto-juvenil poderá contar com um laboratório de cerâmica dinamizado pelo Cencal, e que visa estimular o interesse das novas gerações pela cerâmica local.

Outra das novidades é que o evento irá contar com a exposição coletiva “Rainha Mestra”, marcada para o dia 20 de junho. Esta instalação colaborativa vai reunir azulejos criados por ceramistas participantes, numa homenagem aos 500 anos do legado de D. Leonor, fundadora das Caldas e que vai realizar-se no Centro de Artes.

Marca alia tradição e contemporaneidade
O cartaz da Mestra inclui programação do “CCC Fora de Portas”, concertos, animação de rua, teatro de marionetas e conversas em torno da criatividade e do saber-fazer.
Entre os destaques estão o concerto do Coro Social do Bairro, Trio MaraBilha, Supertronik Bootleg – Dixie Band e a Trupe Fandanga, que apresenta teatro de marionetas.

“Procurámos ir ao encontro do público que irá ao evento, sem esquecer a atuação de um grupo local, logo no primeiro dia”, disse Mário Branquinho, o diretor do CCC. No segundo será a vez de atuar o Trio Marabilha, onde as peças de cerâmica como as bilhas passam a ser instrumentos musicais. Paulo Casal, um dos elementos do grupo fez uma pequena apresentação no dia em que foi apresentada a programação.

Segundo o presidente da Câmara, Vítor Marques, a nova Mestra terá um custo global de 89 mil euros, vai contar com um programa diversificado que inclui demonstrações de técnicas tradicionais e contemporânea.

“Temos um grande ecossistema ligado à cerâmica na cidade, tanto que temos o selo da Unesco, que assim nos reafirma”, disse o autarca que quer dar palco aos ceramistas não só do concelho mas também da região.

Seguiu-se a apresentação da nova marca, Mestra, pelo designer gráfico António Costa que contou que o próprio nome pretende ser “uma ponte entre passado e o futuro” e que alude à tradição através da roda de oleiro mas também quer incorporar valores de hoje. “É um nome fantástico que surgiu durantes as primeiras reuniões, que é curto e memorável e que cumprirá em pleno a função de marca de evento”, rematou o autor.

A Mestra, promovida pelo município das Caldas, pretende reforçar o papel das Caldas enquanto cidade criativa e polo de inovação cultural. Integra-se no projeto “Cidades Criativas UNESCO Centro de Portugal”, cofinanciado pelo PT2030/Centro2030, envolvendo os municípios das Caldas, Castelo Branco, Covilhã, Idanha-a-Nova, Leiria e Óbidos.

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