Teatro da Rainha vai celebrar quatro décadas no próximo ano

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Os quatro autores contaram como foi escrever “Quem está aí?”, que será a primeira produção do ano do grupo residente
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Grupo de teatro residente vai celebrar 40 anos, em 2025 e terá três novas criações

Cecília Ferreira, Elisabete Marques, Henrique Fialho e Manel Portela foram os convidados da iniciativa “Teatro Vazio e democracia” que decorreu a 14 de dezembro na sala Estúdio do Teatro da Rainha. O evento, que encerrou a temporada deste grupo, designou-se “Novas dramaturgias: o processo de 4 autores à procura da voz”.
Os quatro autores deram a conhecer ao público como decorreu o projeto de escrita colaborativa desenvolvido desde 2023 e que vai dar origem ao primeiro espetáculo de 2025, intitulado “Quem está aí?”.
A peça parte do conceito de invisível e explora os medos, as fobias do não visto, do desconhecido, tal como explicaram os convidados na conferência.
O próximo ano será especial para o grupo dado que o teatro da Rainha vai assinalar o seu 40º aniversário e já tem o programa de atividades preparado, tal como deu a conhecer o diretor artístico, Fernando Mora Ramos à Gazeta das Caldas.
Para o próximo ano arranca com a peça “Quem está aí?” enquanto que para a segunda peça, o Teatro da Rainha fará uma colaboração com o Teatro das Beiras para a encenação de “A noite dos visitantes” do dramaturgo alemão Peter Weiss .
Também será encenada a peça “Órfãos” de Dennis Kelly, um autor inglês, que é um espetáculo que é abordado o tema do racismo.
Umas das peças será representada na ruína da Casa da Cultura.
Além das iniciativas do ciclo de Poesia no Teatro – Diga 33, o grupo de teatro irá apresentar Pimentíada, iniciativa centrada na obra de Alberto Pimenta. “Vamos pôr em cena e em voz textos deste autor”, explicou o encenador. Fernando Mora Ramos, que ainda acrescentou que o grupo vai regressar à peça “Discurso do Filho da Puta”. Irão também “levar mais longe o Reality Show que já foi explorado de forma embrionária” e, segundo o responsável, será também feita uma leitura da “Indulgência Plenária” (em voz, por Henrique Fialho) e uma peça musical que será criada a partir do texto “Marthya de Abdel Hamid” e que vai dar origem a uma composição musical ou a concerto sonoro, num trabalho que será feito por Carlos Alberto Augusto.
Além do Teatro das Beiras, o Teatro da Rainha terá colaborações com o CCC. A 9 de março “faremos a celebração do nosso aniversário e haverá uma sessão mais formal nos Paços do Concelho”. Para o dia seguinte, 10 de março, está a ser preparada uma festa que decorrerá na Sala Estúdio do grupo.
Para já podem ser vistas exposições de fotografia das últimas peças, assim como uma cronologia onde estão “todas as peças, autores, participantes e todos os espaços físicos em que as nossas peças foram apresentadas”, rematou Mora Ramos.■

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