Derby com história

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Futebol - AEObidos vrs Caldas
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AE ÓBIDOS 2
Micael Ciência, David Chaves, Yann Cherel (1), Gonçalo Duarte, Guilherme Martins (1), Leandro Freitas, Tiago Oliveira, Duarte Santos, Diogo Santos, Rúben Barros, Miguel Sedas, José Santos, Rafael. Treinador: Diogo Gomes

CALDAS 2
Diogo Castanheira, David Gesteiro (1), Guilherme Santos, Rodrigo Pereira, Lourenço Alexandre, Bernardo Barros, Guilherme Portela, Tiago Guimarães, Pedro Van Zeller, Duarte Raposo (1), Hugo Anjos, João Baptista. Treinador: Tiago Lourenço

Que grande jogo protagonizaram AE Óbidos e Caldas!, Sábado, no complexo de Óbidos, um daqueles desafios que têm, obrigatoriamente, de figurar no anuário da presente edição da 2ª fase. Os Morcegos entraram nervosos, intranquilos, ansiosos, excitados, as recepções de bola e os passes não saiam a bola parecia que queimava, intranquilidade permanente fruto da ansiedade. Couberam ao Caldas as melhores oportunidades e, na verdade, as únicas ocasiões de perigo nos primeiros minutos.
O Caldas encaixou no adversário em termos defensivos e não o fez defendendo com linhas baixas, como fazem equipas de menor grandeza. Fê-lo de forma subida, audaz e descomplexado – ninguém estranhou o golo dos visitantes aos 17’, por David Gesteiro um magnifico golpe de cabeça, aproveitando um desentendimento entre Guilherme e Micael.
Mas o futebol é um jogo simples e foi nessa simplicidade que o Óbidos, que em 17’ consentiu um golo, mostrou fibra, adiantou linhas, e encetou, com organização e maior criatividade, enorme reação beneficiando também de maior tranquilidade.
Após o intervalo voltou um Óbidos alegre, motivado e ofensivo, em oposição a um Caldas perdido, descaracterizado, traindo o inicial rigor tático e permitindo espaços na sua outrora compacta estrutura. Houve tempo para 2 golos do Óbidos e 1 do Caldas, por Guilherme aos 45’ após canto de Leandro e aos 46’ o Caldas volta à vantagem numa excelente triangulação com centro para a cabeça de Duarte Raposo a enviar a bola para o fundo da baliza e Yann aos 48’ a estabelecer a igualdade também após canto de Tiago, entre outras oportunidades desperdiçadas por Yann e Leandro na cara do guarda-redes desmarcados por Guilherme. De resto, um Óbidos cada vez mais coeso, rotinado e coletivamente adulto, sem conceder muitas valeidades e revelando maior robustez psicológica. Era notável a capacidade da equipa de Diogo Gomes encontrar caminhos para a baliza de Castanheira. E era-o porque os Caldenses – que até começaram o jogo com muita agressividade – passaram a defender com linhas mais atrasadas, ainda por cima bem próximas.

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Arlindo Ferreira

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