“Hands on Science” na EBI de S. Onofre

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O projeto intitulado “Proteger os Rios, Preservar a Lagoa, Promover o Futuro”, desenvolvido pelos alunos e professores da EBI S. Onofre, do Agrupamento Raul Proença de Caldas da Rainha, vai ser apresentado publicamente na mostra nacional que irá decorrer nos dias 20 e 21 de setembro, na Escola Secundária de Pinhal Novo no concelho de Palmela.
Este projeto foi desenvolvido no âmbito do Clube Ciência +, da EBI S. Onofre de Caldas da Rainha em colaboração com o coordenador do programa Eco-Escolas e resultou de uma candidatura da escola ao Prémio Fundação Ilídio Pinho “Ciência na Escola”, a qual foi aceite em janeiro do presente ano letivo e selecionada para a mostra Nacional de Projetos, entre as 100 escolas convidadas num universo de mais de 1200 escolas a concurso. A mostra nacional vai ser o momento de apresentação pública dos projetos, de os submeter a uma avaliação final e de participar na entrega dos prémios, numa autêntica festa da Ciência na Escola.

Entretanto, o projeto foi também apresentado na 13ª Conferência Internacional “Hands on Science” que teve lugar em Brno, na República Checa, de 18 a 22 de julho de 2016, por proposta da professora Isabel Mina, da Universidade do Minho, que prestou apoio científico e técnico ao projeto (www.hsci.info/hsci2016/).
A tomada de consciência, por parte de alunos e da comunidade escolar, acerca do estado da bacia hidrográfica do Rio da Cal, que passa junto à escola, e a consequente poluição da Lagoa de Óbidos através dos seus efluentes, é um dos grandes objetivos do projeto. Outro dos objetivos é apresentar propostas concretas com vista à melhoria do estado da água, sugerindo um conjunto de intervenções em pontos específicos das margens do rio e junto à ETAR envolvendo plantas com capacidade autodepuradora.
Foram realizadas várias saídas de campo, num troço selecionado do rio, observada a biodiversidade existente bem como as condições das margens e do leito. Foram efetuadas, no Laboratório de referência do Ambiente em Lisboa, no âmbito da parceria com o Pólo Ambiental da Agência Portuguesa do Ambiente e análises a parâmetros químicos específicos.
Através de um modelo experimental de FitoETAR (microcosmos), utilizando junco marítimo, lírio amarelo e caniço, verificou-se, através de análises rigorosas, que estas plantas possuem capacidade depuradora da água contaminada. Foram estabelecidos contactos com o Sr. Vereador do Ambiente Câmara Municipal no sentido de dar a conhecer os resultados obtidos e pedir para que fosse avaliada a sua aplicabilidade no contexto dos cursos de água existentes na região.
Estiveram envolvidos alunos de várias turmas e anos de escolaridade, desde o 1º ao terceiro ciclos de escolaridade tendo manifestado empenho e gosto pelo ensino experimental da ciência. As atividades apresentadas visaram envolver os alunos na proposta de soluções para problemas que lhes são próximos, tornando-os cidadãos motivados, dinâmicos e proativos.

Edgar Ximenes