Câmara usa plataforma para eficiência energética criada por empresa caldense

0
429

Untitled-1Actualmente os municípios ainda não têm como verificar que o valor das facturas que lhes chegam do fornecedor de energia eléctrica corresponde aos consumos efectivamente feitos. Tendo em conta esta situação, o ex-vereador socialista na Câmara das Caldas, Delfim Azevedo, idealizou um software para a gestão e controlo de custos da iluminação pública, que foi entretanto desenvolvido pela empresa caldense Makewise.
Esta ferramenta permite que os valores das facturas sejam introduzidos numa plataforma e feita a comparação com os consumos de períodos anteriores homólogos. Foi estabelecida uma margem de 10% relativamente aos valores anteriores e, caso estes  estejam fora dessa abrangência, é emitido um relatório de alerta.
“Com este relatório uma Câmara deixa de se preocupar com as facturas todas, para passar apenas a preocupar-se com as facturas que eventualmente têm problemas”, explicou Delfim Azevedo à comunicação social na apresentação desta ferramenta, a 11 de Novembro.
A Makewise desenvolveu a ferramenta para apoio ao serviço de consultoria ao nível da eficiência energética, que é desenvolvido pela empresa Nível Mais E, e que está a ser prestado à Câmara das Caldas desde meados de Julho. Entre os vários serviços prestados, estão o levantamento de todo o equipamento instalado para a iluminação pública, assim como a implementação de uma base de dados onde todos estes equipamentos estejam georeferenciados.
No âmbito do protocolo, assinado entre a empresa de consultoria e a Câmara, pretende-se também um controloefectivo dos consumos de energia, assim como implementar rotinas que permitam detectar consumos anómalos na iluminação pública.
A preparação e implementação de um plano que permita efectuar poupanças na iluminação publica e colaborar com as medidas de eficiência energética dos edifícios municipais são outros dos serviços a prestar pela empresa de consultoria que recebe uma verba mensal (até 31 de Dezembro) de 1200 euros mais IVA.
No que respeita à Câmara das Caldas já foram introduzidos os dados desde o principio do ano e, de acordo com Gonçalo Abreu, da Makewise, os resultados serão operacionais a partir do quarto trimestre deste ano. Foi também introduzido o histórico desde Janeiro de 2011 para se poder encontrar padrões.
O empresário esclareceu ainda que este sistema, por si só, não permite uma poupança directa de energia, mas tem a capacidade de controlar os custos. “Os municípios não sabem se as facturas que pagam de três em três meses corresponde a consumo verdadeiramente efectuado e com esta ferramenta passam a saber”, explicou Gonçalo Abreu, acrescentando que estão agora a trabalhar no controle e gestão da rede de iluminação pública, de modo a torná-la mais eficiente.

Fátima Ferreira
fferreira@gazetadascaldas.pt