Padaria Mexia abriu na “Rua do Jardim”

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Novo estabelecimento vende pão produzido através de um método de fermentação lenta

 

Abriu no final de maio, no número 88 da Rua Alexandre Herculano, a Padaria Mexia, uma aposta do jovem Miguel Mexia, que nasceu em Setúbal, cresceu no Alentejo e formou-se em Lisboa, antes de mudar a sua vida para a cidade termal.
Depois de ser formar na área da Informática, o agora empresário percebeu que “não gostava de passar um dia inteiro atrás de um computador” e dedicou-se à promoção de eventos na capital, onde residia. Com a pandemia deixaram de se realizar eventos e Miguel, que já gostava da arte de cozinhar, desenvolveu o gosto, o conhecimento e o jeito para a panificação.
Entretanto surgiu uma oportunidade com este espaço, que antigamente era um talho, “e investi tudo”, tendo mudado a sua vida. Considera que nas Caldas existia uma lacuna na oferta deste tipo de produto que tem como grandes benefícios o facto de serem “mais nutritivos e terem um sabor acrescido”.
O processo com fermento natural, que resulta da mistura da farinha com água, demora mais tempo, o que “faz degradar mais o glúten”, reduzindo o sentimento de inchaço. Na Padaria Mexia, tem trabalhado com processos de fermentação de 24 horas. Acresce o facto de as farinhas serem moídas em mó de pedra, que permite manter mais nutrientes.
A produção fica ao fundo, mas à vista dos clientes, que têm um balcão na frente. O espaço foi alvo de intensas obras de requalificação, que demoraram cerca de um ano. A burocracia, faz notar, também não foi fácil.
Nesta fase Miguel Mexia está a trabalhar sozinho e diz que os primeiros meses “têm corrido bem”. A padaria está aberta de quarta a sábado, entre as 8h00 e as 13h00 (ou até esgotar o produto).
Tem sempre bolas de trigo e de trigo com sementes, brioche e brioche com chocolate. Às quartas e quintas-feiras há pão de mistura, às sextas-feiras focaccias de alecrim e de alecrim e tomate e aos sábados pão com cachaço.
A proximidade com a Praça da Fruta é uma das grandes vantagens desta localização, aponta o jovem que faz pão “como se fazia antigamente”, recuando aos tempos de criança em que ajudava as senhoras da aldeia a fazer o pão, então longe de pensar que um dia investiria tudo na criação da sua padaria. ■

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