Depois de em Maio ter sido apresentada a reabilitação dos prédios em frente à antiga EDP, na entrada sul da cidade, a obra tem avançado a bom ritmo e deverá estar concluída no fim de Janeiro de 2020. O fundo imobiliário que adquiriu que aqueles activos – a Finangeste – mantém negociações para adquirir outros imóveis nas Caldas. Questionado pela Gazeta, o fundo diz que os prédios ao lado do CCC são uma possibilidade.
Gazeta das Caldas visitou as obras e viu cerca de 60 trabalhadores espalhados pelos cinco blocos. O primeiro, o A, onde se localiza o andar modelo, já está praticamente pronto e até já tem elevador. A piscina também está a ser construída, com um deck de madeira com zona para churrasco ao lado.
Além dos 73 apartamentos, com acabamentos de qualidade, existem sete lojas. “A estratégia é escolher um certo tipo de lojas que acrescente valor, como, por exemplo, o aluguer de bicicletas e uma pastelaria, restaurante ou casa de gelados, mas que seja diferenciadora e acrescente valor ao complexo”, disse Jeroen Haen, da Finangeste.
Apesar de não revelar o número de apartamentos já vendidos, o responsável mostra-se optimista e revela que têm tido “muito procura internacional, especialmente de Angola e Brasil, mas também de portugueses”. Entre estes últimos há, por exemplo, quem viva em Lisboa e procure uma cidade média, há quem já resida nas Caldas, mas queira mudar para uma casa nova e há os casos de pessoas com vivendas grandes e cujos filhos já saíram de casa.
“Além de Caldas ser uma boa cidade, um factor importante é a variedade de apartamentos, porque temos T1 que atraem jovens profissionais até T4 com terraço, para famílias com crianças”.
Jeroen elogiou ainda a forma como a construção tem decorrido desde Maio. “Está a correr acima das expectativas e estamos muito orgulhosos”, afirmou, lembrando que as empresas que estão a trabalhar nesta obra são locais.
Estes prédios ficaram ao abandono depois da falência do seu empreiteiro, tendo sido comprados pela Finangeste ao banco Santander. Durante 11 anos o imóvel foi roubado, vandalizado e ocupado, tendo sido um problema para a cidade, que está a caminho de ser resolvido.
Na apresentação, que decorreu em Maio, Paul Henri Schelfhout, presidente da Finangeste, havia revelado à Gazeta das Caldas que este fundo estava interessado em mais dois imóveis nesta cidade, sem, no entanto, revelar quais eram.
Questionado agora pelo nosso jornal, Jeroen Haen disse que actualmente existem negociações, mas o foco é acabar as obras no Caldas Terrace. Quisemos saber se havia interesse nos prédios ao lado do CCC, que nunca foram acabados, e Jeroen disse apenas que “é uma possibilidade”, até porque não existem muitos nas Caldas.
Em frente a estes prédios, na antiga EDP já se vêm movimentações de carrinhas do Montepio Rainha D. Leonor, que comprou o imóvel para ali construir uma clínica.