Primeiro-ministro inaugurou nova fábrica da Omnifish

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Luís Montenegro e Luís Clemente descerram a placa alusiva à inauguração da nova fábrica
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Empresa está no 15º ano de atividade, tem registado um grande crescimento e emprega 168 pessoas

A Omnifish, empresa de Peniche que tem atividade no comércio e preparação de pescado fresco, inaugurou na passada segunda-feira a nova fábrica que vai permitir a expansão das suas áreas de negócio. A inauguração da obra, que significou um investimento superior a 8 milhões de euros, contou com a presença do primeiro-ministro, Luís Montenegro.
“Hoje celebramos não apenas o início do funcionamento desta unidade, mas também um marco importante para o nosso município. Esta unidade representa não apenas um avanço para a nossa indústria, mas também um passo significativo para a geração de empregos e o fortalecimento da economia local”, começou por dizer o administrador da empresa, Luís Clemente, sublinhando o início de “um tempo novo para a nossa empresa”.
A Omnifish foi criada em 2009 e, no ano em que celebra 15 anos de atividade, passa assim a contar com instalações próprias, depois de ter iniciado atividade num edifício situado no porto de pesca. “Esta nova unidade fabril representa a concretização de uma meta que juntos traçámos e para a qual muito trabalhámos”, disse o empresário, que realçou o apoio do programa Mar 2030. A obra, que consistiu na reconstrução e ampliação de um edifício que estava devoluto, assim como o apetrechamento com equipamento de ponta no processamento de pescado, significou um investimento de cerca de 8 milhões de euros, comparticipado pelo programa Mar 2030 em cerca de 2,6 milhões de euros.
A nova fábrica é constituída por diversas linhas de produção e embalamento, que permitem a preparação do peixe, que chega fresco quer das lotas nacionais, quer do estrangeiro. Há linhas para filetagem ou preparação de postas de pescado como atum, salmão, robalo, ou dourada, entre outros. Entre o equipamento inovador está uma nova máquina que procede à escamagem do peixe.
Além destas linhas de produção, a nova fábrica permitiu a introdução de novas valências, a começar pela linha de ultracongelação que permite à empresa de Peniche entrar no ramo dos congelados. Esta congelação é feita a 60 graus negativos, através da utilização de azoto.
A fábrica tem ainda uma linha de preparação de pescado para o canal horeca (hotelaria e restauração), na qual a preparação é manual e de acordo com os pedidos dos clientes, que podem chegar até ao dia anterior. Existe ainda uma sala de especialidades, na qual são preparados produtos como hambúrgueres de pescado e espetadas, e outra para clientes específicos, como cadeias de restauração e hotelaria. Nestas a empresa recebe especificações precisas, quer do pescado, quer de outros produtos, como molhos, e garante que em cada restaurante da cadeia o produto e o sabor serão iguais. Uma das vantagens da Omnifish neste campo face à concorrência é conseguir operar a partir de quantidades reduzidas. Os produtos são testados quanto à qualidade e em todas as linhas existe detetor de metais, de modo a garantir a segurança ao cliente final. Cada etapa, desde a receção à expedição, é assegurada por linhas de frio dedicadas.
“Com esta unidade de transformação, a Omnifish aumentará a sua capacidade de produção, permitindo à empresa entrar em novas áreas de negócio, como peixes frescos embalados em atmosfera controlada”. “Estamos certos que este projeto é um passo fundamental e decisivo para concretizarmos o que ainda ambicionamos e que irá reforçar o nosso compromisso contínuo no desenvolvimento de soluções inovadoras”, afirmou Luís Clemente.
O empresário salientou ainda a preocupação da empresa pela sustentabilidade. “Queremos estar na linha da frente na criação de formas de comercialização e de consumo de peixe fresco, num cenário em que a sustentabilidade e a inovação caminham lado a lado. Porque a sustentabilidade ambiental é a chave da continuidade do nosso negócio”, disse, afirmando que a empresa desenvolve ações que “efetivamente promovam a sustentabilidade dos nossos recursos marinhos”, naquele que é “o maior desafio da fileira”.
Aproveitando a presença do primeiro-ministro e outros membros do governo com responsabilidade na economia do mar, o empresário deixou o apelo a que “sejam exigentes, mas continuem cada vez mais a cooperar, a ouvir e a ajudar as empresas”.
Luís Montenegro, que descerrou a placa alusiva à inauguração com o empresário penichense, lembrou que já tinha visitado as instalações numa fase inicial da construção e saudou “o empreendedorismo e a capacidade de realizar” de Luís Clemente e Paulo Freire. O primeiro-ministro elogiou, ainda, “a vontade de conciliar a comercialização do pescado com a sustentabilidade de todos os recursos marítimos” como “um exemplo de como as empresas podem inovar e, ao mesmo tempo, preservar o que é mais valioso”. O líder do executivo aproveitou ainda para reforçar a importância de criar condições que permitam reter o talento nacional. “Temos de garantir que o nosso capital humano fica em Portugal, contribuindo para o desenvolvimento de empresas como a Omnifish, que são o motor da nossa economia”, sublinhando o papel crucial das políticas fiscais e económicas para manter o país competitivo no mercado global.
Henrique Bertino, presidente da Câmara de Peniche, salientou o crescimento da Omnifish nestes 15 anos, “resultado do empenho, da entrega, da dinâmica, e muito trabalho dos seus administradores, Luís Clemente e Paulo Freire”, mostrando orgulho de ver a empresa e colocar em prática as suas convicções no campo da sustentabilidade, quer no plano ambiental, quer social. O autarca afirmou, ainda, que a mudança da empresa para a zona da marginal norte vem sublinhar a necessidade de requalificar as acessibilidades àquela zona da cidade, para a qual “esperamos, em breve, dar início à sua construção”.
A Omnifish apresentou, em 2022, um volume de negócios de 39,8 milhões de euros com perto de uma centena de trabalhadores. Hoje emprega já 168 e a perspetiva é que a nova unidade fabril venha aumentar a força de trabalho. ■

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