Irregularidades na Assembleia da Misericórdia de Alfeizerão

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Realizou-se no dia 18 de Junho de 2017, em Alfeizerão, a Assembleia Geral Ordinária da Santa Casa da Misericórdia desta localidade. Na ordem de trabalhos constava um único ponto – apresentação, discussão e votação do relatório de contas referente ao ano de 2016, bem como do parecer do conselho fiscal.

Após a apresentação e a discussão do relatório de contas, quer o presidente do conselho consultivo, quer outros irmão sócios, intervieram dizendo que por não haver parecer do conselho fiscal não deveria haver votação do já referido relatório de contas.
A presidente da assembleia decidiu apesar dos protestos, avançar para a votação. Mas aqui aconteceu nova irregularidade. De facto, ao perguntar quem votava contra o relatório de contas, não contou todos os que levantaram o braço, argumentando que não via para fora da sala (assumindo apenas os votos contra das pessoas que estavam no interior da sala). Acontece que na Assembleia anterior o espaço utilizado foi de maior capacidade, o que permitiria que todos os votos fossem contabilizados. Ao escolher uma sala onde não cabiam todas as pessoas, aconteceu esta ilegalidade.
Uma vez que havia outros pontos de interesse a tratar, alguns irmãos sócios pediram (de acordo com artigo 22º, 3 do compromisso) a introdução de outros assuntos para discussão. Mais uma vez, a presidente da assembleia não considerou o pedido feito, o que vai contra o que está legislado. Desta forma não se pode questionar o provedor acerca da resposta que, afirmou na última assembleia, iria dar por escrito, relativamente a acusações que lhe foram feitas de pagamentos particulares com o cartão bancário atribuído à Santa Casa da Misericórdia, bem como recebimento de quantia em dinheiro a qual não chegou a dar entrada na Santa Casa.
Provavelmente e após todo um conjunto de prepotência, de abuso de autoridade e de irregularidades, alguns irmãos sócios irão impugnar, a bem da verdade, esta assembleia.

Vítor Castro

NR- Gazeta das Caldas deu conhecimento desta carta à Assembleia Geral da Santa Casa da Misericórdia de Alfeizerão que exerceu o contraditório nos seguinte texto:

A Mesa da Assembleia Geral da Santa Casa da Misericórdia de Alfeizerão agradece à Gazeta das Caídas a possibilidade de exercer o seu direito ao contraditório relativamente à carta enviada a este Jornal por parte de um irmão da Misericórdia.
Quanto aos pontos nela referidos cumpre-nos esclarecer o seguinte:
A presidente da Mesa da Assembleia geral esclareceu que a Assembleia tinha um único ponto de trabalhos, a Apresentação, Discussão e Aprovação do Relatório e Contas referentes ao ano de 2016 e parecer do Conselho Fiscal. Esta aprovação impunha-se por motivos legais e temporais a fim de cumprir os compromissos assumidos pela SCMA com a tutela.
Mais esclareceu que todos os outros assuntos pendentes seriam tratados numa próxima Assembleia Extraordinária que se comprometia a convocar com a maior brevidade possível.
A votação do Relatório e Contas foi efetuada e os mesmos foram aprovados por maioria. O parecer do Conselho Fiscal não foi votado por este Órgão o não ter apresentado até à data, o que muito se lamenta. Não tendo estado sequer presente o presidente do Conselho Fiscal.
Havendo lugares vagos na sala, a presidente da Assembleia Geral, não pôde aferir se as pessoas que supostamente estavam lá fora, manifestaram o seu sentido de voto na primeira pessoa, nem se levantaram algum problema de falta de lugares.
Por fim, lamentamos que o irmão Vítor Castro venha para a imprensa levantar assuntos que estão a ser tratados no local próprio, tendo a presidente da Assembleia reafirmado que essas questões seriam tratadas numa próxima Assembleia, até porque, devido a motivos fortes de saúde, o provedor esteve temporariamente incapacitado, tendo estado nesta Assembleia sob reserva médica.
A Mesa da Assembleia Geral da S.C.M.A. está serena e consciente dos seus deveres e da sua posição, ao tentar tudo fazer para defender os legítimos interesses da Misericórdia. O nosso desejo é que todos os irmãos tenham o mesmo propósito, defender única e exclusivamente a Instituição.

A Mesa da Assembleia

1 COMENTÁRIO

  1. Quem devia de entrar nesta instituição e investigar o que realmente ali se anda a passar era a jornalista do sexta ás 9!