Catarina Paramos é a nova líder do PS caldense e quer uma maior aproximação aos cidadãos

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A nova presidente quer promover plataformas e canais de debate para ouvir as sugestões dos cidadãos tendo em vista as próximas autárquicas

Catarina Paramos é a nova líder da concelhia do PS das Caldas da Rainha depois de ter vencido com 64 votos o seu adversário, Carlos Tomás, que obteve 42 votos, num total de 106 votantes. Havia 108 militantes inscritos no acto eleitoral pelo que a abstenção foi reduzidíssima (só dois ausentes).
A jovem de 27 anos, é licenciada em Direito pela Universidade de Coimbra e concluiu recentemente um estágio profissional na Câmara de Rio Maior no departamento de Contencioso. Ingressou no PS em 2005, ano em que foi eleita deputada municipal. Com esta eleição, a 1 de Junho, Catarina Paramos tornou-se a primeira mulher eleita presidente do PS caldense e irá contar com a colaboração de Hermínio de Oliveira como presidente da Mesa da Assembleia Geral de Militantes.
A nova equipa tem um projecto político que visa servir melhor os caldenses, auscultando a sua opinião. Propõe-se fazê-lo através de plataformas e canais de debate, com vista à criação de um projecto autárquico mais participado e participativo, a apresentar em 2013.
A nova presidente encara a sua candidatura como um “dever cívico”, explicando que tem amigos que fazem voluntariado, outros estão mais ligados ao associativismo, ao passo que ela optou por inscrever-se num partido com o qual se identifica. Considera que as Caldas da Rainha tem condições excepcionais, mas está, sub-aproveitada. “Preocuparam-se, anos a fio, com a criação de obra pública. Hoje, assistimos, ao definhar dos equipamentos”, disse à Gazeta das Caldas, após conhecer o resultado das eleições, acrescentando que a crise não pode servir de desculpa para tudo, mas antes ser aproveitada como forma de afirmação do município. A nova presidente da concelhia socialista apela à imaginação para resolver as situações, assim como ao recurso a parcerias, e insiste “na mobilização interna, num novo ciclo de políticas autárquicas de proximidade e na abertura do partido ao exterior”. Considera que os primeiros passos nesse sentido já foram dados com a sua campanha, em que pessoas se reconheceram no projecto e quiseram tornar-se militantes.
Catarina Paramos quer também definir políticas de dinamização e vitalização social e cultural do espaço público urbano. “Esta cidade tem um deficit de qualidade de espaço público”, considera, dando nota do número de fachadas a ruir e do conjunto de obras do projecto de Regeneração Urbana se limitar à requalificação de pisos e passeios.
Numa lógica de promoção da cidade, e aproveitando o potencial artístico da ESAD, a militante defende que devem ser procuradas soluções que possibilitem colocar ao serviço da comunidade o potencial criativo de vários estudantes, explorando formas que facilitem a utilização de espaços vazios na cidade.
A meio do seu segundo mandato como deputada na Assembleia Municipal, Catarina Paramos quer fazer também um trabalho mais próximo das juntas de freguesia e conhecer, em pormenor as dificuldades e aspirações dos seus fregueses. “Temos um concelho com realidades muito diferentes, a agricultura assume especial importância em freguesias como Alvorninha e A-dos-Francos, mas também o turismo na Foz do Arelho ou em Salir do Porto, ou a indústria em Santa Catarina”, destacou.
Está também prevista uma ronda de encontros com várias entidades caldenses, de forma a “tomar o pulso” do concelho, nomeadamente em questões como a saúde, as vias de transporte, emprego, comércio e indústria, acção social e juventude, entre outros.

Fátima Ferreira
fferreira@gazetadascaldas.pt