Câmaras de vídeo “vigiam” lixo nos contentores

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As câmaras de vídeo que estão a ser instaladas têm este aspeto | Isaque Vicente

A Câmara das Caldas está a instalar seis câmaras de vídeo para vigiar o lixo deixado junto aos contentores. Serão complemento ao projecto dos sensores

A Câmara das Caldas está a instalar câmaras de vídeo para perceber se existe ou não lixo junto aos contentores. À Gazeta das Caldas a autarquia confirmou a colocação de seis câmaras CCTV, três serão colocadas na Rua 31 de Janeiro e as restantes três estarão distribuídas pelas ruas Tenente Sangreman Henriques, Capitão Filipe de Sousa e do Montepio Rainha D. Leonor.
Esta é uma medida tomada como complemento ao projeto dos sensores de capacidade que indicam a quantidade de lixo de cada contentor e que evitam a passagem do carro do lixo quando os caixotes não estão cheios.
Esse projeto permite poupar tempo e dinheiro, mas não é infalível. É que como os sensores detetam apenas o lixo no interior do contentor, e não conseguem fornecer informação sobre os resíduos que são deixados no exterior dos caixotes, a autarquia decidiu instalar estas câmaras de vídeo. Desta forma evita-se que o lixo se acumule junto aos contentores, sem a passagem do camião, que não passa porque o sensor deteta ainda espaço vazio no caixote.
O presidente da Câmara das Caldas, Tinta Ferreira, explicou que não se trata de um projeto de videovigilância ou de segurança, até porque para avançar para esses projetos seria sempre necessária a sua definição no Conselho Municipal de Segurança e a sua aprovação na Câmara e na Assembleia Municipal.
“É difícil pôr em prática essa ideia”, resumiu o autarca, acrescentando que se levantam questões de privacidade e de proteção de dados. “O objetivo é que as imagens sejam monitorizadas pela PSP e não por funcionários da Câmara”, explicou, afirmando que a falta de meios da PSP na cidade das Caldas implicava enviar as imagens directamente para o comando distrital, em Leiria, e ainda o pagamento de parte dos investimentos necessários.
O presidente da Câmara divulgou ainda que no âmbito da Comunidade Intermunicipal do Oeste está a ser pensado o projeto Oeste Seguro, que passa precisamente pela construção e implementação de uma central que sirva todos os concelhos que se mostrem interessados na instalação de sistemas de videovigilância.
Paulo Simões, primeiro secretário da OesteCIM, explicou que ainda estão a estudar a questão da proteção de dados. A entidade já lançou um concurso público de meio milhão de euros para aquisição e instalação de um sistema de videovigilância florestal. O projeto contempla a instalação de “cinco novas torres, com câmaras de vídeo, que vai integrar com as outras sete”.