Casa Felizardo na Intercasa com exposição de máquinas de costura

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Gazeta das Caldas
Voluntárias produzem roupa para oferecer a meninas em países subdesenvolvidos |JLAS

A Casa Felizardo, das Caldas da Rainha, apresentou na Intercasa, certame da Feira Internacional de Lisboa que decorreu de 18 a 22 de Outubro, uma vasta exposição de máquinas de costura da sua colecção própria, tendo os primeiros exemplares mais de um século.

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Uma das máquinas de costura antigas expostas no certame |JLAS

A colecção de máquinas do caldense Mário Felizardo, cuja família tem representado máquinas de costura desde 1898, foi muito apreciada. Podiam ver-se fotografias, cartazes de publicidade e outros componentes ligadas a esta actividade, muitos deles que fazem parte da história de muitas famílias portuguesas.
Na exposição podiam ver-se mesmo fotografias do início do século XX das actividades desenvolvidas pela empresa na origem nas Caldas da Rainha, especialmente na Praça da Fruta onde a Casa Felizardo esteve instalada muitos anos.
Da sua colecção destacam-se alguns modelos experimentais muito raros e que foram apresentados por algumas marcas internacionais e depois não tiveram grande disseminação no mundo.

A Intercasa reúne o Salão Imobiliário de Portugal, a LxD – Lisboa Design Show e Vintage Festival, que contou este ano com mais de  60 mil visitantes, significando que cada vez mais as pessoas procuram ter novos olhares para as suas formas de vida, seguindo estilos cada vez mais personalizados, podendo observar ali as principais tendências que emergem no mundo.

Solidariedade com jovens de países carenciados

A Casa Felizardo, que é o importador para Portugal das máquinas Bernina, associou-se cedendo inúmeras máquinas de costura, numa iniciativa de responsabilidade social, com uma organização internacional denominada Dress A Girl Around The World, ou seja, uma ONG 100% voluntária fundada em 2009 para fazer vestidos para crianças carenciadas.
Na própria feira havia possibilidade de doar ou produzir fatos para meninas em países carentes, levando-lhes assim um pouco mais de dignidade, proteção e esperança. Neste sentido houve grupos solidários de várias partes do país que, para além de virem trabalhar para o atelier na FIL, trouxeram também malas de vestidos já realizados nos locais de origem.
Durante o período da Intercasa estiveram no atelier solidário desta ONG dezenas de pessoas confeccionando fatos para oferecer, usando materiais novos de algodão, que não sejam muito finos, muito claros ou muito escuros, de preferência com cores alegres e que não sejam transparentes, para serem do agrado de um público muito transversal.
Os fatos são levados em malas para mais de uma dezena de países carenciados, especialmente de África, devolvendo a organização fotografias com as crianças vestidas com essa roupa depois de a ter recebido.
O vestido Dress a Girl Around the World tem uma etiqueta específica. Ao longo do tempo foi-se notando que a criança que usa um destes vestidos com etiqueta passa a ser evitada pelos predadores sexuais, por estar ligada a uma ONG.
Proximamente será também realizado nas Caldas da Rainha um atelier solidário para o qual a organização espera o apoio e adesão de voluntários caldenses.