Autarquia alcobacense realizou inovações no espaço da feira centenária, que voltou a atrair milhares de pessoas
A centenária Feira de S. Simão regressou ao Mercado Municipal de Alcobaça, tendo sido participada por mais de vinte expositores oriundos da região Oeste e arredores, e visitada por cerca de 15 milhares de pessoas.
Celebrando-se entre os dias de São Simão (28 de outubro) e de Todos os Santos (1 de novembro), “é uma das feiras típicas de Alcobaça, que nós mantemos”, e que este ano foi renovada com a criação de um “palco mais central, de 360º”, onde decorreram as atividades culturais, e uma “zona de showcooking”, explicou o chefe da unidade de Cultura da Câmara, César Salazar. Instalou-se ainda uma máquina fotográfica 360º.
Os chefs Ricardo Raimundo e João Ribeiro cozinharam ao vivo, e também se demonstrou como confecionar as broas típicas da época.
Vanda Helária, da empresa beneditense Mercadinho dos Frutos Secos, participou na feira pela terceira vez. Na sua recheada banca saltavam à vista a fruta desidratada ou os frutos secos, alguns de produção própria, na zona de Torres Novas, como a passa de uva e de figo. A vendedora mostrou-se satisfeita com a procura, nacional e estrangeira, comentando que “os turistas questionam o que são as broas”, enquanto os portugueses procuram principalmente os frutos secos para as confecionar.
A banca dos Frutos Secos A-do-Barbas, da Maceira, voltou a marcar presença no certame em que já participa “há mais de 25 anos”, contou a proprietária, Carina Silva. A vendedora realça o poder reencontrar “pessoas que nos vêm visitar ano após ano”. Carina viu “mais pessoas”, mas “sem grande poder de compra”. Saíram bem as broas, como as de batata doce ou dos santos, de fabrico artesanal, e os frutos secos, ou passados, como lhes chamavam os antigos. “Ainda temos clientes que dizem que querem figos passados, e não figos secos”, contou.
O investimento foi semelhante ao de 2022, entre “35 e 40 mil euros”, aplicado principalmente nas estruturas, rematou César Salazar.