Louça e cavacas no roteiro das visitas do 15 de Maio

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Homenagem à Rainha D. Leonor
Este ano esteve uma grande moldura humana na homenagem à Rainha D. Leonor - Isaque Vicente

Na tarde do feriado municipal realizou-se a já tradicional homenagem à Rainha D. Leonor, na rotunda com a estátua da monarca. Este ano a moldura humana era grande e seguiu a comitiva, onde estava o Secretário de Estado das Autarquias Locais, Carlos Miguel, até à porta do Balneário Novo do Hospital Termal, onde decorreram os discursos.
Tinta Ferreira aproveitou para voltar a referir a calendarização prevista para as termas das Caldas garantindo que “reabriremos com segurança e sem bactérias”, o que motivou uma grande salva de palmas.
Como já é tradição, no dia da cidade houve visitas a empresas que se tenham destacado. Neste ano a atenção recaiu sobre dois ícones da cidade que, depois de anos menos conseguidos, estão a regressar com pujança: as Cavacas das Caldas e a louça de Bordalo Pinheiro.
Na Fábrica Bordalo Pinheiro foi possível ver o novo espaço, que resulta de um projecto de expansão orçado em mais de oito milhões de euros e que permite localizar na Zona Industrial toda a produção.
A nova nave industrial vai levar a um aumento de produção das 1,8 milhões de peças anuais para as 2,5 milhões, mas possibilita um acréscimo até aos 60% na facturação, além de melhorar a eficiência energética em 20%. Os trabalhos no novo pavilhão começam em Outubro.
Se a história da fábrica Bordalo Pinheiro nem sempre foi tão risonha como nos dias de hoje, também a da Fábrica das Cavacas conheceu momentos menos felizes que os actuais. A fábrica tem novas instalações em Salir de Matos, num investimento que ronda o milhar de euros e que permitiu criar quatro novos postos de trabalho, para um total de 40. A perspectiva é que a produção ali comece dentro de um mês.

O MOINHO DAS BOISIAS FOI RECUPERADO

O Moinho das Boisias, que foi recuperado pela Câmara das Caldas e Junta de Freguesia de Alvorninha, numa obra que rondou os 16 mil euros, foi o último ponto de visita do feriado municipal. Ali foi possível perceber a raridade que é aquele monumento porque a torre é feita em madeira, mas tem velas de pano.
O moinho, que está neste local desde 1960, tem 18 metros de circunferência e sete de altura (5,20 metros de tábuas e 2,10 de capelo, que é o tecto). Tem três pisos: no mais alto está o mecanismo que permite girar o mastro para captar o vento, no intermédio estão as duas mós (uma para o trigo e outra para o milho) e no inferior estão as tulhas onde cai a farinha.
Numa base de betão estão oito pilares de madeira, que são depois envolvidos pela estrutura, toda em madeira. O mecanismo (mastro e mós) foi todo recuperado.
Logo ao lado foi criado um parque de merendas que permite usufruir do espaço e da paisagem.
O moinho será usado para dar a conhecer esta tecnologia e estará aberto nas últimas sextas-feiras e sábados de cada mês, havendo ainda a possibilidade de marcar visitas na Junta de Freguesia. O presidente da Junta de Alvorninha, José Henriques, salientou a importância do seu antecessor, Avelino Custódio, neste projecto.
Ainda no âmbito das comemorações do feriado municipal, a autarquia entregou 154 cabazes alimentares a famílias carenciadas do concelho. Leite, azeite, frango, salsichas, atum, pescada, bolacha Maria e bacalhau foram os produtos incluídos nos cabazes, que tiveram três tipologias diferentes (pequenos, médios e grandes, conforme a composição dos agregados familiares). A aquisição dos alimentos custou cerca de 5.300 euros e a distribuição dos cabazes está a ser feita pelo Banco Alimentar.