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O autocarro é genericamente mais rápido do que o comboio, mas nem sempre é o mais barato. Desde as Caldas da Rainha para 14 cidades do Minho ao Algarve, a Rede de Expressos é mais rápida em 11 viagens, conseguindo a CP ser competitiva apenas para Braga, Porto e Guarda. Já no que diz respeito aos preços há um empate: a Rede de Expressos é mais barata para sete destinos e a CP consegue preços mais baixos para outros sete.
Estes resultados – feito a partir das médias das três viagens mais rápidas que cada empresa consegue oferecer – espelham o estado das infraestruturas de transporte na região: auto-estradas de boa qualidade e uma linha férrea degradada que tarda em ser modernizada.

Das Caldas para 14 cidades portuguesas o autocarro é o modo de transporte mais rápido, embora nem sempre seja o mais barato. Régua, Castelo Branco, Beja, Évora e Portimão são os destinos onde a Rede de Expresso bate a CP por diferenças superiores a uma hora. Já para Viana do Castelo, Aveiro, Coimbra e Leiria, a diferença é de poucos minutos.
O comboio é, grosso modo, mais competitivo a Norte. Consegue ser mais rápido para Braga e Guarda e bate o autocarro num destino de grande procura que é o Porto.
Para isso contribuem as ligações ferroviárias directas das Caldas da Rainha para Coimbra, onde facilmente se apanham comboios rápidos para o Norte. Infelizmente, só há três comboios diários em cada sentido entre as Caldas e a cidade dos estudantes, havendo, em contrapartida maior frequência de autocarros para aquele destino.
Para Sul o reino é dos autocarros. Lisboa, para onde a CP só opera com comboios regionais que páram em todas as estações e apeadeiros, fica a mais de 2 horas de comboio enquanto a Rede de Expressos faz a viagem em 1 hora e 10 minutos. Para o Alentejo e Algarve o autocarro continua a ser a opção mais rápida, apesar das viagens durarem mais de quatro horas para Beja, Faro e Portimão.
No caso de Faro, para quem não gosta de passar longas horas sentado num autocarro, um “mix” pode ser a melhor opção aproveitando o melhor das duas empresas: autocarro da Rede de Expressos das Caldas para Sete Rios onde, mesmo ao lado, se apanha o comboio Intercidades para o Algarve.
Os autocarros beneficiam da rede de auto-estradas que atravessa a região, enquanto que os comboios arrastam-se numa linha do Oeste cuja modernização continua, na prática, a ser uma miragem. Um concurso público para a electrificação entre Meleças e Torres Vedras é muito pouco. E a ausência de qualquer promessa do governo para a modernização a norte das Caldas – precisamente onde a linha é mais competitiva – não deixa antever nada de positivo.
Já a compra de novos comboios para a CP, que serão afectos à linha do Oeste, acalentam alguma esperança de melhoria do serviço, mas tudo depende da oferta comercial que a empresa souber implementar. Sem ligações rápidas a Lisboa e a Coimbra e Porto, a linha não terá um aumento significativo da procura.

COMBOIO MAIS BARATO

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Feita a média dos preços das três viagens mais rápidas, a Rede de Expressos é muito mais competitiva (com diferenças entre os seis e o sete euros) para Viana do Castelo, Braga e Régua. E tem um quase empate com a CP nos destinos Castelo Branco e Lisboa.
Já o comboio é mais barato para Guarda, Coimbra, Leiria, Évora, Beja e Faro.
No entanto, enquanto a Rede de Expressos tem sempre o mesmo preço entre Caldas da Rainha e a cidade destino, a CP tem uma panóplia de tarifas em função da tipologia dos comboios: regionais, inter-regionais, suburbanos, intercidades ou Alfa Pendular. Os preços aqui apresentados são o resultado da média das três viagens mais rápidas. Mas há mais ligações em que os bilhetes são consideravelmente mais baratos.
Por outro lado, os passageiros até aos 25 anos e com mais de 65 anos têm descontos consideráveis nas viagens da CP o que faz do comboio uma boa alternativa quando o tempo de percurso não é a variável mais importante.

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