O Núcleo de Proteção do Ambiente de Caldas da Rainha recuperou nos passados dias 10 e 11 de Maio uma raposa vermelha juvenil e uma águia de Harris, ambos no concelho de Peniche. Os animais estão agora em segurança.
O Comando Territorial de Leiria anunciou ter recuperado, através do Núcleo de Proteção do Ambiente de Caldas da Rainha, uma raposa vermelha juvenil, no dia 10 de Maio em São Bernardino, no concelho de Peniche.
O animal foi avistado por um cidadão e estava a vaguear à berma de uma Estrada, correndo o risco de atropelamento. A mesma pessoa conseguiu capturar a jovem raposa e entregou-a no Posto Territorial de Peniche. A raposa foi depois encaminhada para o Centro de Recuperação de Animais Selvagens em Montejunto, onde permanecerá até ser devolvida ao seu habitat.
A raposa vermelha tem este nome pela sua característica pelagem vermelho-amarelada. É um animal comum na região e, de resto, pode ser encontrada um pouco por toda a Europa e noutras zonas do globo, como Ásia, Médio Oriente, norte de África, Austrália e na América do Norte.
Chegam a medir até um metro – mais a cauda espessa e longa que acrescenta até meio metro -, uma altura de 40 centímetros e pode pesar até 10 kg. É um animal nocturno e possui sentidos são muito apurados.
Alimentam-se preferencialmente de pequenos roedores, ovos e filhotes de aves e coelhos, podendo estender a dieta a frutas e grãos no Outono. No seu habitat natural vivem até 12 anos, e em cativeiro chegam a viver até aos 15 anos.
No dia seguinte, 11 de Maio, o Núcleo de Proteção do Ambiente de Caldas da Rainha recuperou na Atouguia da Baleia, também no concelho de Peniche, um exemplar de águia de Harris.
Os militares receberam uma denúncia de que havia uma ave ferida na via pública e procederam à sua recolha e encaminhamento também para o Centro de Recuperação de Animais Selvagens em Montejunto para receber tratamento medico-veterinário adequado. A águia será igualmente devolvida à natureza quando estiver fisicamente apta.
Ao contrário da raposa-vermelha, a águia de Harris não é comum na região Oeste. Por hábito, habita zonas desérticas e semi-desérticas a sul dos Estados Unidos, na América Central e na América do Sul, onde se alimenta de pequenos mamíferos, como coelhos, lebres e ratos através de um voo rasteiro e agressivo.
Estas aves, que pertencem à ordem dos falconiformes, pode atingir até cerca de um quilo de peso e uma envergadura de asas de até 1,2 metros. As fêmeas são maiores que os machos.
Esta espécie tem uma característica pouco comum em relação às demais aves de rapina, pois vivem muitas vezes em grupo, o que torna a caça mais eficiente. As águias de Harris, ou búteos de Harris, como são também conhecidos, são aves muito utilizadas em falcoaria pela facilidade de aprendizagem, conseguem caçar uma grande variedade de presas e podem ficar a sobrevoar as árvores durante algum tempo, até o falcoeiro dar uma ordem.
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