Hospital é desígnio do Oeste

0
268
- publicidade -

Há mais de uma década que o novo Hospital para o Oeste é uma reivindicação da região, mas ainda não há decisões nem compromisso formal do Governo

O novo Hospital do Oeste faz parte do pacote de compensações que o Governo decidiu conceder à região, em 2008, depois de ter mudado a localização do novo aeroporto de Lisboa da Ota para Alcochete. No entanto, mais de uma década depois, o equipamento ainda não está garantido e os municípios continuam em disputa pela localização.
Assim que a intenção de criar um novo Hospital no Oeste foi anunciada pelo ministro da Saúde, num programa de televisão, em 2008 (também numa resposta à proposta lançada pelo administrador hospitalar, José Marques Serralheiro), a Câmara de Alcobaça socorreu-se do estudo coordenado por Daniel Bessa, a pedido do Ministério da Saúde, que apontava este concelho para acolher o equipamento e comprou, inclusive, um terreno em Alfeizerão para o efeito. No entanto, também as Caldas quer o novo hospital. A Câmara, então liderada por Fernando Costa, apresenta várias localizações na periferia da cidade, como a “Quinta dos Texugos” (Tornada), ou um terreno junto à fábrica do Sabão e perto nó da A8.
Este foi um assunto que sempre reuniu unanimidade entre as forças políticas locais, que fizeram aprovar diversas moções e dinamizaram, a par da sociedade civil, iniciativas de defesa da construção do novo hospital nas Caldas. Dois anos depois, surge um novo estudo, a apontar as Caldas da Rainha como a localização preferencial, que logo mereceu a contestação de Alcobaça.
Mais recentemente também o Bombarral entrou a “corrida” pela localização do novo equipamento de saúde, com vários especialistas a justificar esta solução como a mais central relativamente à área de abrangência. Há dois anos, a OesteCIM abriu um concurso público para a realização de um estudo sobre a política de saúde na região, que, além de fazer um diagnóstico dos recursos e debilidades do território, deverá indicar a futura localização do novo hospital.
Entretanto, em meados de novembro, elementos da Câmara e da Assembleia Municipal das Caldas reuniram com a ministra Marta Temido, defendendo a construção do novo hospital na cidade. A “centralidade” e as “condições que a cidade tem para receber e fixar os profissionais de saúde”, foram alguns dos argumentos avançados e onde a governante reconheceu a necessidade de construir o novo equipamento, mas remeteu as decisões para depois do estudo da OesteCIM.
A entidade defendeu, em sede de consulta pública do PRR a importância estratégica para a região deste investimento e, durante a campanha para as legistativas, os candidatos pelo distrito de Leiria foram unânimes na necessidade da sua construção. Mas o desígnio continua por cumprir.

- publicidade -