Prejuízos no sector levam OesteCIM a pedir reunião urgente ao ministro da Agricultura

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Os “avassaladores” prejuízos verificados no sector agrícola da região Oeste, resultantes de adversidades meteorológicas, levou a OesteCIM a pedir uma reunião urgente ao Ministério da Agricultura.
Reunidos em Conselho Intermunicipal, a 6 de Setembro, os autarcas do Oeste deliberaram enviar um ofício ao ministro da Agricultura, Capoulas Santos, alertando para os “nefastos efeitos verificados num sector tão decisivo e estratégico para a economia regional e nacional”, refere aquela entidade em nota de imprensa.
A reunião tem por objectivo analisar os impactos do clima no território e definir estratégias de actuação para minimizar os mesmos, promovendo e generalizando instrumentos eficazes de prevenção e mitigação, especialmente no que à contratação de seguros de colheita diz respeito, face ao previsível aumento das temperaturas atmosféricas nos próximos anos.

Este ano registou-se um Inverno atipicamente pluvioso, seguido de um Verão inicialmente húmido que obrigou a tratamentos reiterados nos pomares. Em inícios de Agosto as temperaturas máximas bateram recordes em várias localidades e provocaram perdas avultadas no sector agrícola, com as produções de Pera Rocha, maçã e uva a serem as mais afectadas.
“Os prejuízos são avassaladores”, consideram os autarcas, fazendo notar que na pera Rocha “contabilizam-se perdas na ordem dos 130 milhões, na uva de mesa superiores a 50% e nas uvas de vinho a 40%”.
Por se tratar de uma situação anormal na região e por envolver custos adicionais, muitos agricultores optam por não contratualizar seguros para este tipo de ocorrência, havendo poucas culturas cobertas por seguros de colheita, concluem.